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Lei das Rendas volta ao Parlamento e partidos à esquerda ponderam alterações
GTRES

Fez correr muita tinta antes e depois de entrar em vigor, em novembro de 2012, e continua a dar que falar. A Lei das Rendas vai voltar Assembleia da República e todos os partidos à esquerda estão a avaliar a apresentação de propostas de alteração. O PCP, de resto, já apresentou um projeto-lei que revoga a revisão do regime jurídico do arrendamento urbano. 

Segundo o Jornal de Negócios, o projeto de diploma do PCP deverá ser agendado para uma primeira apreciação em plenário em março, sendo que o PS e o BE estão também a ponderar avançar com iniciativas legislativas próprias.

Helena Roseta, deputada socialista que está a preparar uma proposta de lei de bases da Habitação, admite que o grupo parlamentar está a avaliar se apresenta uma iniciativa própria. A título pessoal, Roseta refere que “o PS deve aproveitar este momento para voltar a ponderar alterações à Lei das Rendas”, disse citada pela publicação.

Também Pedro Soares, do BE, diz que o partido está a estudar o tema das rendas antigas e a avaliar se acompanha ou não a iniciativa do PCP. Certo é que os deputados vão voltar a debater temas relacionados com o mercado de arrendamento. 

O que pretende o PCP? O projeto-lei dos comunistas defende a liberalização e as atualizações de rendas antigas, bem como a suspensão do Balcão Nacional do Arrendamento (BNA).

O partido quer, no entanto, manter o regime das lojas históricas em prédios arrendados e algumas regras pontuais, como a que obriga o inquilino a não deixar de usar a casa por pelo menos um ano ou as que regulam a denúncia justificada do contrato de arrendamento por parte do senhorio e os fundamentos para a resolução, por parte de inquilinos e de proprietários.

Em 2016, o Parlamento já tinha aprovado um conjunto de alterações à lei das rendas, com o objetivo de prorrogar o período transitório aplicável às rendas antigas, entretanto atualizadas nos casos de inquilinos com carências financeiras. Foi a forma que se encontrou para evitar que o Estado tivesse de avançar com subsídios de renda – como previa o anterior Governo – ou que fossem despejados os inquilinos que terminado o período transitório não pudessem pagar, escreve a publicação.

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