O Banco de Portugal (BdP) antevê que o preço das casas vai continuar a subir, embora a um ritmo mais lento que nos últimos tempos. Em 2017, comprar casa foi, em média, 9,2% mais caro que em 2016, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em habitação apresentou um crescimento próximo de 6% em 2017”, conclui o BdP no relatório “Projeções para a Economia Portuguesa: 2018-2020”. Segundo o documento, este crescimento reflete, por exemplo, o aumento da procura de casa por parte de não residentes.
“No período 2018-20 antecipa-se que o investimento em habitação continue o processo de recuperação, dada a manutenção dos principais fatores de crescimento. Deverá, contudo, verificar-se alguma perda de dinamismo, refletindo a progressiva maturação deste processo. Esta evolução também é esperada para os preços de habitação, ainda que continuem a crescer acima dos preços no consumidor”, lê-se no documento.
De acordo com o regulador, “a FBCF em habitação deverá manter-se relativamente constante em cerca de 2,8% do PIB até” 2020.
Venderam-se 153.292 casas no ano passado (420 por dia). E preços subiram 9,2%
Nunca se venderam tantas casas em Portugal. Nem tão caras. Ao todo foram transacionadas 153.292 casas em 2017, mais 26.186 (20,6%) que em 2016. Estamos a falar de 12.700 imóveis por mês, o equivalente a 420 por dia, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). As vendas cresceram, e os preços também: subiram a uma média anual de 9,2%.
Preço das casas subiu 11% em 2017 e deve disparar 8,5% este ano
O preço das casas em Portugal vai continuar a seguir uma trajetória ascendente, depois de em 2017 ter sido registado um crescimento de 11%. A Standard & Poor’s prevê que o preço da habitação no país aumente 8,5% este ano, mas antecipa um abrandamento do ritmo para 7% em 2019 e 6% em 2020.
Há 25 anos que os preços das casas não subiam tanto: aumentaram 12,8% em 2017
Muita procura, pouca oferta. Um cenário que continua a alimentar a subida do preço das casas, que não para de aumentar. No último ano, os preços aumentaram 12,8%, o maior aumento desde 1992, segundo dados da Confidencial Imobiliário (Ci). Há dois fatores a comandar a subida: a reabilitação urbana e o investimento estrangeiro.
Novo recorde em 2018? Transações imobiliárias devem crescer 30%
2017 foi um ano de recordes para o imobiliário: foram transacionadas 153.292 casas, mais 26.186 (20,6%) que em 2016. O ano passado foi bom, mas este pode ser ainda melhor. Segundo Luís Lima, presidente da APEMIP, as transações devem crescer 30% em 2018.
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