
“Numa linha cronológica que atravessa o ano de 2011 até 2020 verifica-se a existência de um mercado imobiliário logístico em Portugal pouco organizado e disperso”. Quem o diz é Nuno Esteves, Associate do Departamento Development da Savills, que considera, no entanto, que há oferta e “qualidade nos imóveis disponíveis para o mercado logístico”, um fator “que induz a alguma instabilidade” em todo o país.
Segundo o responsável, assiste-se, “por outro lado, ainda a um hiato no que se refere a novos projetos, bem como a promotores dedicados”.
A consultora revela ainda, em comunicado, que as unidades em utilização estão obsoletas face às necessidades atuais e que os investidores procuram classes de ativos mais líquidos com saídas mais rápidas, correndo riscos relativamente baixos e apostando pouco na edificação especulativa.
“Também a concentração da oferta na periferia dos aglomerados urbanos e a compressão de ‘Yield’ noutras classes de ativos leva à atratibilidade pela ‘Prime Yield’ Logística. Neste sentido, identificam-se oportunidades de investimento e a existência de ‘pipeline’, bem como alguns lançamentos de projetos com edificação especulativa, insuficientes face à procura registada”, refere Nuno Esteves.
Num futuro próximo, a tendência é que a oferta evolua, bem como a quantidade e qualidade de imóveis no setor, adianta a Savills.
“No que diz respeito à evolução das rendas, acreditamos que existirá uma subida no curto prazo e uma estabilização no médio prazo que evoluirá para uma competitividade no longo prazo”, defende Nuno Esteves.
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