A pandemia do coronavírus já está a afetar o setor da construção civil, também em Portugal. Algumas obras começaram a parar devido ao surto, mas ainda é prematuro falar em suspensão total. Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), diz que tudo dependerá da evolução do Covid-19 no país e da resposta das autoridades.
“Já há obras que estão a ser interrompidas e há diversas disrupções ao longo da cadeia de valor desta atividade”, garantiu o responsável ao Jornal de Negócios, adiantando que, para já, a suspensão “ainda não ocorreu”.
O presidente da CPCI lembra que a fileira da construção emprega diretamente mais de 300 mil trabalhadores, e que as empresas representam um volume de negócios mensal de 1.768 milhões de euros, a que corresponde um valor acrescentado bruto (VAB) de 683 milhões de euros. De acordo com Reis Campos, as construtoras têm ainda encargos mensais de financiamento junto da banca de 58 milhões de euros.
Uma eventual suspensão pode ser pesada, sendo que, neste momento, e segundo o responsável, “nem sequer é possível quantificar o impacto económico e social de uma suspensão total da atividade”. O setor garante já ter reclamado medidas imediatas ao Governo, ao nível de tesouraria e recursos humanos, bem como acesso a linhas de crédito e ao regime de “lay-off” simplificado.
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