A UrHome Portugal nasceu há seis anos, em 2015, focada na consultoria imobiliária. Mas versatilidade é palavra de ordem no seio da empresa, que tem escritório em Lisboa, no Dubai e em Hong Kong, tendo aberto recentemente – dia 14 de junho – a primeira loja no país, na margem sul da capital (Amora-Seixal). “A missão da UrHome é ‘Make Portugal your place’ e o nosso papel é encontrar o melhor investimento para os diferentes objetivos dos clientes”, diz ao idealista/news Ricardo Cruz, Country Manager da UrHome Portugal.
Segundo o responsável, a pandemia da Covid-19 trouxe, sem dúvida, algumas mudanças no setor imobiliário, nomeadamente no segmento residencial. As pessoas procuram agora outro tipo de casas, mais espaçosas e mais preparadas para quem faz do lar o local de trabalho, por exemplo. “Com a pandemia os requisitos e as necessidades alteraram-se. Agora procuram-se imóveis com espaço exterior, ‘home office’, ligação de internet fibra, proximidade de transportes ou acesso às principais redes rodoviárias”, comenta. Uma “herança” da crise pandémica que veio para ficar: “O que se iniciou como uma necessidade está a passar a ser um ‘standard’. Tanto empresas como pessoas, habituaram-se e adaptaram-se a um novo estilo de vida”.
Voltando ao negócio da UrHome Portugal, Ricardo Cruz revela que a empresa, que deverá abrir mais duas lojas em zonas estratégicas do país até final do ano, tem mais de 1.000 propriedades disponíveis para venda, “localizadas em Lisboa, margem sul de Lisboa e Algarve”. “Em 2020, transacionámos 64 propriedades, o que resultou numa faturação de 1,5 milhões de euros, sendo o valor de imóveis transacionados de 50 milhões de euros”, conta, acrescentando que este ano já foram vendidos 30 imóveis, “aproximadamente o mesmo que o ano passado”.
Fale-nos um pouco sobre o nascimento da UrHome Portugal. Como surgiu a empresa e com que objetivo?
A UrHome Portugal nasceu em 2015 fruto da paixão e da visão dos sócios fundadores. Por um lado, a paixão por Portugal, e por outro a visão do que iria ser o mercado imobiliário nos anos subsequentes.
Que balanço faz da atividade da empresa, seis anos depois de ter sido constituída e de ter atravessado – ou estar a atravessar – uma pandemia?
É um balanço bastante positivo, prova disso mesmo são os nossos indicadores e o rápido reconhecimento no mercado em que atuamos. No mercado nacional o reconhecimento por parte dos promotores, no mercado internacional pelos nossos clientes. Em 2020, transacionámos 64 propriedades, o que resultou numa faturação de 1,5 milhões de euros, sendo o valor de imóveis transacionados de 50 milhões de euros.
“Focamo-nos em consultoria imobiliária para que possamos assistir os nossos clientes na procura do melhor investimento para os seus objetivos e necessidades”, lê-se no site da empresa. É esta a grande missão da UrHome Portugal?
A missão da UrHome é ‘Make Portugal your place’ e o nosso papel é encontrar o melhor investimento para os diferentes objetivos dos clientes. Não nos limitamos apenas à transação, damos suporte durante todo o processo de aquisição aos clientes. Desde procurar o melhor investimento, a rentabilizá-lo, cuidar e mantê-lo.
"Em 2020, transacionámos 64 propriedades, o que resultou numa faturação de 1,5 milhões de euros, sendo o valor de imóveis transacionados de 50 milhões de euros"
A UrHome Portugal não é, no entanto, apenas uma consultora imobiliária. É também uma mediadora imobiliária, certo? Foi sempre assim ou sentiram necessidade de alargar o modelo de negócio em determinado momento?
É uma necessidade de adaptação do mercado e um projeto que já tínhamos há algum tempo. Consideramos que esta é altura indicada para iniciarmos esse projeto, até porque vem como resultado dos diversos investimentos que estamos a fazer em promoção imobiliária.
Quem são os principais clientes da UrHome Portugal, Portugueses ou estrangeiros? Entre os estrangeiros quais são as nacionalidades que mais investem em imobiliário residencial em Portugal?
O mercado internacional tem um peso bastante representativo na nossa atividade. Trabalhamos em mercados muito próprios e temos uma forma de trabalhar muito especifica com reuniões ‘one-to-one’. Estamos presentes no Médio Oriente, Ásia, África do Sul e América do Sul. O nossos principais clientes chegam-nos do Dubai (onde neste momento está o nosso CEO, Bobby O’Reilly), EUA, Hong Kong e Brasil.
Entre os estrangeiros, continuam a ser muitos os que investem através do programa Golden Visa? Ainda é um programa aliciante?
Com as alterações ao programa e a instabilidade, os clientes Golden Visa reduziram. Ainda compram, mas sobretudo focados em investimentos mais baixos, nomeadamente Golden Visa350 [tem a finalidade de promover a reabilitação urbana].
A UrHome Portugal atua sobretudo no segmento residencial de luxo, certo? Porquê?
A UrHome Portugal atua no segmento dos “bons negócios” numa gama média/média alta. Porque é este o produto que os nossos clientes procuram.
"A missão da UrHome é ‘Make Portugal your place’ e o nosso papel é encontrar o melhor investimento para os diferentes objetivos dos clientes"
Muitos ‘players’ do setor dizem que foi o segmento de luxo foi menos afetado pela pandemia, concorda com esta ideia?
Sem dúvida, porque quem tem capacidade de investimento continua a ter essa capacidade e passaram a procurar diferentes tipos de imóveis, mais adaptados à nova realidade. Espaços exteriores, ‘home office’...
Quantas propriedades/imóveis têm atualmente em carteira disponíveis para transação e em que zonas do país?
Atualmente temos cerca de 1.000 imóveis, localizados em Lisboa, margem sul de Lisboa e Algarve.
Quantos imóveis já venderam este ano? Mais ou menos que no mesmo período do ano passado?
Até ao momento já transacionámos 30 imóveis, aproximadamente o mesmo que o ano passado. A pandemia ainda não passou, apesar de ser um setor menos afetado, e muitos dos nossos clientes só conseguiram viajar para Portugal há um mês. Este “bloqueio” fez com que alguns negócios sofressem atrasos.
O que mudou no setor imobiliário em Portugal com a pandemia, nomeadamente no segmento residencial? As pessoas procuram agora outro tipo de casas, mais espaçosas e mais afastadas dos centros urbanos, por exemplo?
Com a pandemia os requisitos e as necessidades alteraram-se. Agora procuram-se imóveis com espaço exterior, ‘home office’, ligação de internet fibra, proximidade de transportes ou acesso às principais redes rodoviárias. A forma de operar também mudou, optou-se por utilizar mais as novas tecnologias, o recurso a vídeochamadas e as visitas virtuais, que aumentaram exponencialmente.
"Com a pandemia os requisitos e as necessidades alteraram-se. Agora procuram-se imóveis com espaço exterior, ‘home office’, ligação de internet fibra, proximidade de transportes ou acesso às principais redes rodoviárias"
Acredita que essa tendência se vai manter nos próximos tempos?
Acreditamos que sim, porque o que se iniciou como uma necessidade está a passar a ser um ‘standard’. Tanto empresas como pessoas, habituaram-se e adaptaram-se a um novo estilo de vida.
Há zonas do país agora mais procuradas pelos investidores nacionais e estrangeiros, além de Lisboa, Porto e Algarve? Há outras regiões na “mira”, como por exemplo o Alentejo?
Há o Alentejo, mas há também zonas limítrofes das grandes cidades que conhecem agora uma grande procura por causa de todos os requisitos que apontei anteriormente.
Que ilações há a retirar da pandemia para o setor imobiliário residencial?
Para quem opera no setor, claramente era tempo de digitalizar. Para o cliente as necessidades mudaram, e estamos agora perante uma nova realidade.
Portugl continuará a ser um destino de eleição para os investidores imobiliários estrangeiros no pós-pandemia?
Sim, porque os investidores não vieram só pelo Gonden Visa, vieram pelo país e pelo que temos para oferecer: o tempo, a simpatia, segurança, a gastronomia. Felizmente Portugal é muito mais do que o Golden Visa, podemos e devemos continuar a promover Portugal nos 4 cantos do mundo.
O setor imobiliário pode ser uma grande ajuda na recuperação económica do país nos pós-pandemia, não só para captar investimento internacional, com para continuar a ajudar na reabilitação das cidades.
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