
Até final do ano, o Sporting tem de pagar 16,18 milhões de euros de dívidas aos bancos Novo Banco e Millennium bcp. Se tal não acontecer, o Estádio de Alvalade e o Multidesportivo correm o risco de serem alvo de uma hipoteca que pode resultar numa penhora.
Segundo o Correio da Manhã, o direito de superfície sobre as frações onde estão localizados os recintos é uma das garantias que os bancos poderão acionar se a SAD leonina não pagar o montante em causa, relativo aos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC).
No prospeto do novo empréstimo obrigacionista, o Sporting admite o incumprimento no reforço da Conta Reserva dos VMOC a 30/09/2020 e 30/09/2021, escreve a publicação, adiantando que o Novo Banco e o BCP deram mais tempo ao Sporting (até 31 de dezembro de 2021) para repor os já referidos 16,18 milhões de euros. Se houver incumprimento e não for consumado, entretanto, um novo acordo entre as partes, os bancos podem acionar os “mecanismos jurídicos previstos”.
O jornal adianta que além de uma segunda hipoteca de Alvalade – o direito de superfície do estádio já está onerado desde 2005, precisamente ao Novo Banco e ao BCP, para cobrir empréstimos num máximo de 145,6 milhões de euros – os bancos têm como garantia um penhor de primeiro grau sobre créditos do Grupo Sporting, patrocínios, direitos televisivos e contas bancárias.
Segundo o acordo estipulado em 2019, o Sporting teria de ir reforçando a Conta Reserva dos VMOC, sendo que falhar essa obrigação até ao final do ano significaria a ativação automática das garantias, cabendo aos bancos decidir se as executam por via judicial, ou seja, se a hipoteca passa a ser uma penhora.
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