Reunião do Conselho Municipal de Habitação foi o primeiro passo para criar a Carta Municipal da Habitação da capital.
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Direito à habitação em Lisboa
Foto de Ryutaro Tsukata en Pexels

Desenhar políticas municipais para “dar resposta ao direito à habitação” em Lisboa. Este foi o propósito da primeira reunião do Conselho Municipal de Habitação, que decorreu na passada quinta-feira, dia 24 de fevereiro de 2022. As novas medidas a definir vão ser inseridas na Carta Municipal da Habitação, que deverá ser “desenhada com a participação de todos”, segundo diz Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa.

Esta reunião foi como um ponto de partida, o início da “reflexão necessária” à criação da Carta Municipal de Habitação da capital. Mas, afinal, que documento é este? Trata-se de uma carta que “irá definir as múltiplas necessidades do município, quer em termos de solo urbanizado, quer em termos de reabilitação do edificado que respondem às mais diversas carências habitacionais, bem como a outras situações, como a perda populacional”, explica a vereadora da Habitação.

Mas só será possível desenhá-la com a “participação de todos”, considera Filipa Roseta. “Antes de qualquer decisão, queremos ouvir todos, porque só assim teremos uma visão abrangente dos problemas e necessidades” de habitação, disse na ocasião que contou também com a presença da vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, lê-se numa nota de imprensa.

A reativação do Conselho Municipal de Habitação

Esta foi a primeira reunião após a reativação do Conselho Municipal de Habitação pelo novo executivo da autarquia, que é composto pelas forças políticas eleitas em Lisboa, as entidades institucionais com património imobiliário habitacional e os agentes do setor e da sociedade civil.

Trata-se, no fundo, de um órgão consultivo da Câmara de Lisboa, que pode emitir recomendações sobre projetos, iniciativas e políticas de habitação para a cidade. E não só: pode ainda promover debates, bem como a participação das comunidades locais em iniciativas que pretendem resolver problemas habitacionais.

Com a reativação do Conselho, estes agentes veem assegurada a participação efetiva no desenho e concretização da política que o Município quer desenvolver para dar resposta ao direito à habitação (consagrado no artigo 65.º da Constituição da República Portuguesa).

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