Como já dissemos noutras ocasiões, muitas cidades estão a sofrer com o problema da falta de casas. Esta questão pode ser resolvida de diferentes maneiras. Uma delas é a proliferação do que é conhecido como ADU (sigla para 'accessory dwelling unit' ou unidade de habitação acessória). As propostas que as empresas do setor lançaram nesta linha são variadas, como esta do estúdio T + E + A + M, que recebeu o nome de Northwood ADU.
“Como estratégia urbana, as ADUs estão a tornar-se mais populares em cidades com défice habitacional, pois duplicam o número de casas num lote residencial. Economicamente, as ADUs diversificam o parque habitacional nos bairros existentes, inserindo estrategicamente unidades de arrendamento de escala e custo acessível”, explicam a partir do estúdio.
Um dos primeiros exemplares da Northwood ADU está localizada no pátio traseiro de uma casa convencional na cidade de Ann Arbor, no Michigan, e é uma das primeiras unidades de habitação acessória que se construiu de acordo com as novas regras da cidade.
O projeto foi desenhado por um grupo de arquitetos e designers que lecionam na Taubman School of Architecture and Urban Planning da Universidade de Michigan. Do lado de fora destaca-se pela sua forma em 'L' e telhado inclinado. Com os seus quase 70 metros quadrados (m2), este ADU distribui os seus espaços em dois pisos. Este projeto de habitação acessível tem sala de estar, sala de jantar, cozinha e casa de banho no piso térreo. O quarto individual fica numa estrutura semelhante a um pavilhão acima da cozinha.
A equipa usou materiais de baixa manutenção e baixo desperdício em todo o projeto, usando uma tecnologia de fundação rasa protegida, permitindo que ela fosse construída diretamente no solo e reduzindo a necessidade de trabalho intensivo no local. Apesar disso, a equipa evitou negligenciar o design e a estética. “Se a acessibilidade é um objetivo explícito das ADUs, que dão prioridade à construção barata, qualquer estratégia estética deve complementar a económica”, ressaltam.
Painéis de fibrocimento e aço inoxidável estão entre os materiais de baixa manutenção utilizados pelo estúdio. Em certas áreas, a equipa acrescentou malha de aço inoxidável que pode acomodar vegetação, como trepadeiras. As divisórias são construídas com painéis de isolamento estrutural que constituem um “envelope” hermético. Com estes detalhes, a Northwood ADU caracteriza-se por ter um sistema de isolamento muito eficiente.
Esta incrível casa pré-fabricada é um exemplo de habitação acessível
Esta casa pré-fabricada projetada pelo escritório de arquitetura Tres Birds é designada pela cidade como habitação de baixo custo. O projeto está localizado em Boulder, Colorado, EUA, que fica no sopé das Montanhas Rochosas e abriga uma importante universidade e uma indústria de tecnologia em crescimento.
Minicasas pré-fabricadas fazem furor em Los Angeles como solução de habitação acessível
O Chandler Boulevard Bridge Home Village, projetado por Lehrer Architects e o Escritório de Engenharia da cidade de Los Angeles (EUA), é um projeto comunitário inovador desenvolvido num antigo terreno vazio e não utilizado. Esta interessante proposta dos EUA pretende tornar-se numa solução inovadora para amenizar a crise dos sem-abrigo. O projeto conta com 39 casas pré-fabricadas de madeira com capacidade para uma ou duas pessoas.
Habitação acessível: Bruxelas quer países da UE a dar ajudas estatais
A Comissão Europeia quer incentivar os países da União Europeia a apoiarem as suas economias para aumentar a oferta de habitação acessível através de um alívio nas regras dos auxílios estatais, que deixam de ter de ser notificados.
Preço das casas duplicou em Portugal em 15 anos
Os preços das casas aumentaram 5,1% na zona euro e 5,4% na União Europeia, no segundo trimestre em comparação com o período homólogo, divulga hoje (dia 03 de outubro de 2025), o Eurostat, com Portugal a registar o maior avanço, de 17,2%. Na variação em cadeia, o indicador cresceu respetivamente, 1,6% e 1,7%. Entre 2010 e 2025, os preços das casas mais do que duplicaram (141%) no País.
Santa Casa de Lisboa leva nove imóveis a hasta pública por 3,09 milhões
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está interessada em “desfazer-se” de património, tendo anunciado que vai levar a hasta pública nove imóveis, que estão localizados sobretudo em Lisboa: há um em Sintra e outro em Odivelas. A hasta pública realiza-se dia 19 de novembro de 2025 e o valor base global é de 3,09 milhões de euros.
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