Hélio Dias, CEO da Terzzit, fala ao idealista/news sobre o investimento imobiliário em Portugal e as oportunidades no setor.
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Hélio Dias, CEO da Terzzit Investments Crédito da foto: Terzzit Investments

O cenário é de inflação em alta, de custos de construção a subir e de taxas de juro a escalar. Será, então, que investir no setor imobiliário continua a ser uma boa opção? A resposta é sim, segundo Hélio Dias, CEO da Terzzit Investments, consultora e gestora de ativos imobiliários sediada nas Caldas da Rainha (Leiria). 

Que balanço faz da atividade da Terzzit?

Ao contrário do que se possa pensar, 2022 está a ser um ano de oportunidades. Excedemos as expectativas. Temos mais projetos do que estava perspetivado como objetivo. Há um aumento da procura de imóveis em Portugal por parte de estrangeiros, o que fez disparar as vendas e o interesse dos investidores.

Como avalia o mercado imobiliário na atual conjuntura?

A guerra na Europa teve um forte impacto no mercado imobiliário. Teve um impacto negativo nos preços das matérias-primas e nos custos da construção, mas houve um aumento na procura de imóveis por parte de cidadãos que querem sair das zonas limítrofes do conflito, sem sair da Europa. Verificámos um aumento de 70% na procura por parte do mercado estrangeiro, com 80% das vendas a acontecer ainda em pré-venda. Aumentámos a pesquisa e desenvolvimento de novos projetos e também estamos à procura de novos investidores com quem trabalhar e iniciar projetos.

"Ao contrário do que se possa pensar, 2022 está a ser um ano de oportunidades. (...) Há um aumento da procura de imóveis em Portugal por parte de estrangeiros, o que fez disparar as vendas e o interesse dos investidores"

As alterações no crédito habitação também impactaram a forma de investir: maior dificuldade na aquisição de imóveis para habitação própria gera maior procura no mercado de arrendamento que, de momento, tem pouquíssima oferta e, como tal, é uma oportunidade para os investidores.

Fale-nos um pouco sobre os projetos da Terzzit e sobre o posicionamento da empresa no mercado imobiliário?

Temos cerca de 25 projetos para 2023 e 2024: 10 em fase de estudo e planeamento e outros 15 já fechados, em fase de negociação. Estamos a trabalhar no sentido de ter um maior alcance a nível geográfico, mas também no desenvolvimento de projetos para diferentes públicos-alvo. Temos projetos para um segmento que procura imóveis com características premium, e começamos a ter projetos de construção em altura, acessíveis a outros segmentos. Estamos, nomeadamente, a desenvolver e gerir carteiras de arrendamento com alguns investidores – o chamado Build to Rent

Que projetos estão ou vão desenvolver a curto prazo?

Um dos objetivos é a expansão para o Algarve, com um projeto na zona de Lagoa, a cinco minutos da praia – numa zona de campo e mar que combina apartamentos, moradias e villas de gama alta –, ter um maior alcance geográfico e a diversificação de públicos-alvo de que falava há pouco.

"O nosso foco é o investimento imobiliário. Queremos continuar a crescer, captar investimento, alargar a nossa carteira de investidores e desenvolver projetos imobiliários em vários pontos do país, alargando também o público-alvo. Estamos a desenvolver projetos de Build to Rent para vários clientes"

Além dos projetos já ativos no Oeste, incluindo o recém-lançado West Plaza (prédio de 28 apartamentos em Bombarral, que representa um investimento de quatro milhões de euros), temos três novos projetos de investimento: dois no Oeste e outro já na zona da Grande Lisboa, que estamos a apresentar aos investidores com quem habitualmente trabalhamos. Temos outros 10 projetos em fase de estudo e captação de investimento, dos quais ainda é precoce divulgar muita informação.

Qual o foco da Terzzit?

O nosso foco é o investimento imobiliário. Queremos continuar a crescer, captar investimento, alargar a nossa carteira de investidores e desenvolver projetos imobiliários em vários pontos do país, alargando também o público-alvo. Estamos a desenvolver projetos de Build to Rent para vários clientes.

Em simultâneo, estamos a lançar o departamento de micro-investimentos, direcionado para pequenos investidores com projetos a partir de 100.000 euros. Vamos adaptar o método que utilizamos atualmente: qualificação (para perceber o perfil de investidor) e desenvolvimento de projetos de investimento “chave na mão”, seja para arrendamento ou ‘house flipping’. Detetamos que cada vez mais há essa procura por parte de pequenos investidores, com o objetivo de investir em arrendamento (temporário ou de longo prazo) ou em ‘fix and flip’.

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