Imóveis do Estado: lucro da Parpública sobe para 80,9 milhões

A Parpública, que gere parte do património imobiliário público através da Estamo, Baía do Tejo, Consest e Fundiestamo, anunciou que apresentou um resultado líquido (lucro) de 80,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, um valor superior ao registado no período homólogo (56,3 milhões de euros). 

“Os resultados do primeiro semestre de 2022 traduzem a resiliência das empresas do Grupo da Parpública, onde todos os segmentos de negócio alcançaram resultados positivos. Esta evolução financeira foi alcançada num contexto macroeconómico desafiante, marcado pela pressão sobre os preços dos produtos energéticos e de matérias-primas, pelos desequilíbrios entre a procura e a oferta, originados pela pandemia Covid-19 e agravados pela guerra da Ucrânia”, refere em comunicado a Parpública. 

Segundo o documento, a dívida financeira consolidada do grupo Parpública era, no final do primeiro semestre, de 1,8 mil milhões de euros, representando uma redução de 193,4 milhões de euros face à situação a 31 de dezembro de 2021.

“A contínua redução da dívida nos últimos anos, com a correspondente diminuição dos encargos suportados – os quais no período em análise se situaram nos 20,9 milhões de euros, contra 34,4 milhões de euros verificados no semestre homólogo de 2021 –, tem sido um fator relevante para a melhoria dos resultados do Grupo”, lê-se na nota. 

Parpública aposta na redução do endividamento

A empresa destaca o facto de estar a adotar uma estratégia que passa pela redução de endividamento, tendo esta permitido a melhoria da generalidade dos indicadores financeiros do Grupo, com destaque para os rácios de solvabilidade e de autonomia financeira: estes aumentaram para 229% e 70%, respetivamente.

Relativamente à Holding Parpública, o resultado líquido registado ascendeu a 36,2 milhões de euros, superior ao registado entre janeiro e junho de 2021, que foi de 27,7 milhões de euros. A dívida financeira da Holding tem registado uma trajetória de redução muito expressiva, ascendendo a 251 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2022, aponta. 

“Para o segundo semestre, caraterizado por incerteza e risco relativamente ao cenário macroeconómico, a Parpública prosseguirá o acompanhamento próximo e efetivo das suas participadas, procurando explorar as sinergias corporativas entre estas, além do apoio à Tutela e ao acionista, e para o qual o desenvolvimento do Centro de Conhecimento e Competências desempenhará um papel relevante”, comenta a sociedade de capitais públicos, que constitui um instrumento para a gestão de ativos mobiliários e imobiliários.