Rendas são superiores ao que eram há três anos, a maioria das quais reflete aumentos de 80 a 120 euros mensais, diz C21.
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Lisboa
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Arrendar uma casa de 90 metros quadrados (m2) em Lisboa custa o triplo do que se paga, por exemplo, em Beja, a cidade com arrendamento mais barato do país. A capital apresenta um preço médio de 1.161 euros - na área metropolitana, a média cifrou-se nos 1.017 euros. As cidades do interior continuam a ser as mais acessíveis, mantendo uma tendência registada desde 2018, segundo o mais recente estudo "Acessibilidade à Habitação em Portugal” da Century 21 Portugal.

Em termos da evolução das rendas entre 2019 e 2022, a tendência geral foi de subida, com exceção de três capitais de distrito do interior – Bragança, Castelo Branco e Beja – onde a renda para uma casa de 90 m2 é atualmente menor, e de Lisboa, onde o valor para arrendar uma casa de 90m2 é semelhante ao registado em 2019. Nas restantes cidades, as rendas são superiores ao que eram há três anos, a maioria das quais refletindo aumentos de 80 euros a 120 euros mensais.

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Taxa de esforço para arrendar ultrapassa os 53% em Lisboa e no Porto

O estudo conclui que a taxa de esforço para arrendar ultrapassa os 53% nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, na capital, na cidade do Porto e os 45% em Faro, em 2022. A taxa de esforço aumentou em nove cidades e outras cinco aproximam-se do limite, "o que justifica a conclusão de que as rendas aumentaram na generalidade das cidades", diz o estudo.

Em nove capitais de distrito, o rendimento das famílias não permite arrendar uma casa de 90 m2, o que implica optar por casas mais pequenas. "No limite estão os 50 m2 observados em Lisboa, uma tendência visível também na média das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Além do Porto, noutras cidades do país, como Braga, Aveiro, Coimbra, Setúbal e Faro obter um arrendamento adequado ao rendimento implica ter acesso a casas com menos de 90 m2", refere a Century 21 Portugal. É nas cidades do interior que o rendimento permite arrendar áreas iguais ou superiores a 90 m2, com um máximo de 130 m2 em Beja.

Quando se analisa a evolução das áreas entre 2019 e 2022, na maior parte das cidades (onze), as casas que se podem arrendar atualmente cumprindo o orçamento aconselhado são agora mais pequenas do que em 2019, lideradas por Aveiro, onde os atuais 65 m2 significam uma perda de 25 m2 face aos 90 m2 que o rendimento de 2019 permitia aceder. 

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