
Encontrar uma casa para arrendar em Portugal continua a não ser tarefa fácil em 2023. Há pouca oferta de habitação para a procura existente. E as rendas das casas colocadas no mercado estão cada vez mais altas, tornando-se menos acessíveis aos bolsos dos portugueses, que já têm vindo a ser pressionados pela inflação.
O índice de preços do idealista revela que as casas para arrendar no nosso país ficaram 1,6% mais caras em janeiro de 2023 face ao mês anterior. Isto quer dizer que arrendar casa tinha um custo mediano de 13,1 euros por metro quadrado (euros/m2) no final de janeiro deste ano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 8,1% e a anual de 21,1%.
Rendas das casas continuam a subir na maioria das capitais de distrito
O preço de arrendamento em janeiro subiu em nove capitais de distrito entre as 12 com dados disponíveis no idealista. Foi em Leiria (7,4%) onde as casas para arrendar ficaram mais caras entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022. Seguem-se Faro (4,1%), Viana do Castelo (4%), Braga (3,9%), Coimbra (2,9%), Funchal (2,1%), Aveiro (1,9%), Lisboa (1,7%) e Porto (1,2%).
Em Santarém, o preço das casas para arrendar manteve-se estável entre dezembro e janeiro. E, por outro lado, as rendas das habitações desceram em Castelo Branco (-1,3%) e em Setúbal (-0,4%), apontam os dados.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 18,3 euros/m2. Porto (14,9 euros/m2) e Funchal (11,7 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Aveiro (11,1 euros/m2), Faro (9,8 euros/m2), Setúbal (9,6 euros/m2), Coimbra (8,3 euros/m2), Braga (7,7 euros/m2) e Viana do Castelo (7,6 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação no país são Castelo Branco (5,9 euros/m2), Santarém (6,8 euros/m2), Leiria (7,3 euros/m2), apontam os dados do idealista.
Preço das casas para arrendar aumentou em 11 distritos/ilhas
Dos 17 distritos e ilhas analisados, os preços das casas para arrendar subiram em 11 territórios. E foi em Viana do Castelo onde as casas para arrendar ficaram mais caras neste período (7,1%). A lista de maiores subidas das rendas segue com Portalegre (7,1%), ilha de São Miguel (4,4%), Faro (3,6%), Porto (2,5%), Santarém (2,2%), Setúbal (2,1%), Leiria (1,9%), Lisboa (1,3%), ilha da Madeira (0,6%) e Coimbra (0,6%).
Por outro lado, observou-se uma queda das rendas nas casas nos distritos de Vila Real (-18,2%), Viseu (-6,2%), Évora (-1,7%) e Castelo Branco (-0,6%). Já nos distritos de Braga (0,3%) e Aveiro (0,2%) os preços das casas para arrendar mantiveram-se praticamente estáveis neste período.
O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (16,6 euros/m2), seguido pelo Porto (12,7 euros/m2), Faro (11,6 euros/m2), ilha da Madeira (10,9 euros/m2), Setúbal (10,5 euros/m2), Évora (9,6 euros/m2), Viana do Castelo (8,9 euros/m2), Aveiro (8,3 euros/m2) e ilha de São Miguel (8,3 euros/m2). Segue-se Leiria (8,1 euros/m2), Coimbra (7,6 euros/m2), Braga (7,6 euros/m2) e Santarém (6,4 euros/m2).
Já os preços mais económicos para arrendar uma habitação em Portugal encontram-se em Portalegre (5,4 euros/m2), Vila Real (5,5 euros/m2), Viseu (5,8 euros/m2) e Castelo Branco (6,3 euros/m2).
Casas para arrendar encareceram em todas as regiões do país
Durante o mês de janeiro, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões portuguesas. A liderar as subidas encontra-se o Algarve (3,6%), seguido pela Região Autónoma dos Açores (2,2%) e o Norte (2,1%). Seguem-se a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%), o Alentejo (1%), a Região Autónoma da Madeira (0,6%) e o Centro (0,2%).
A Área Metropolitana de Lisboa, com 15,8 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (11,6 euros/m2), Norte (11,5 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (10,9 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (7,6 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (7,8 euros/m2) e o Alentejo (8,3 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.

Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
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