
Os custos de construção de casas novas em Portugal estão a aumentar mês após mês em termos homólogos, apesar da subida estar a abrandar. Em março de 2023, o crescimento homólogo foi de 6,3%, menos 3,1 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior (foi de 9,4% em fevereiro). Trata-se do menor aumento desde abril de 2021 (6,2%) Em causa estão dados provisórios divulgados esta terça-feira (9 de maio de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em março, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 6,3%, taxa inferior em 3,1 p.p. à observada em fevereiro. Os preços dos materiais aumentaram 4,6%, desacelerando 5,1 p.p. face ao mês anterior e o custo da mão de obra aumentou 8,5% (9,0% em fevereiro)”, conclui o instituto.
Segundo o INE, “o custo dos materiais contribuiu com 2,7 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN (5,5 p.p. em fevereiro) e a componente mão de obra com 3,6 p.p. (3,9 p.p. no mês anterior)”.
Cimento está 36% mais caro que há um ano
Entre os materiais que mais influenciaram a subida do preço estão o cimento, com um crescimento homólogo de cerca de 36%, o betão pronto, com um aumento de quase 20%, e as madeiras e derivados de madeira, com variações superiores a 18%, refere o INE.
Já o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada ficaram cerca de 20% mais baratos comparativamente com o período homólogo
Relativamente à taxa de variação mensal do ICCHN, o INE antecipa que foi de 0,1% em março, tendo o custo dos materiais ficado inalterado (0,0%) e o custo da mão de obra aumentado 0,2%.
“As componentes materiais e a mão de obra contribuíram com 0,0 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (0,2 p.p. e 0,0 p.p. em fevereiro, pela mesma ordem)”, lê-se na nota.
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