A história da reprivatização a Efacec já vai longa e promete correr ainda muita tinta. Há quatro propostas em cima da mesa para a compra desta empresa pública com negócios na área da energia, engenharia e mobilidade. Mas só uma, nomeadamente a do agrupamento Visabeira-Sodecia, é que contempla o desenvolvimento da Efacec e a manutenção de mais de 2 mil postos de trabalho no longo prazo.
No passado dia 11 de abril, a Parpública - entidade que gere as participações do Estado - anunciou que no âmbito do novo processo de reprivatização de 71,73% da Efacec Power Solutions, recebeu “propostas vinculativas melhoradas por parte da Mutares, Oaktree, Oxy Capital e agrupamento Visabeira-Sodecia”, lê-se em comunicado.
Agora, sabe-se também que as propostas apresentadas pelos três fundos – o alemão Mutares, o norte-amerciano Oaktre e o português Ocy Capital - não contemplam o desenvolvimento da empresa no longo prazo, mas sim uma rentabilização da Efacec durante cinco anos para, depois, vendê-la, escreve o Jornal de Negócios. Mas há mais: o fundo alemão Mutares coloca ainda a condição de haver um Plano Especial de Revitalização (PER), que passa pela injeção de capital de 100 milhões de euros por parte do Banco de Fomento, tendo em vista o pagamento da dívida bancária (que ultrapassa os 200 milhões de euros).
Já a proposta apresentada pelo agrupamento Visabeira e Sodecia é bem diferente, uma vez que sugere que haja uma separação entre a Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS) e as áreas operacionais da empresa. E assegura que todos os 2.500 empregos serão mantidos, escreve o mesmo jornal.
Para já, o Governo está a analisar as quatro propostas melhoradas, não havendo ainda uma data prevista para anunciar a venda final da Efacec. Até haver uma decisão, o Estado continua a injetar 10 milhões de euros por mês para assegurar as necessidades de tesouraria da empresa.
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