A falta de casas no mercado é um dos maiores problemas que assola o segmento residencial em Portugal, sobretudo tendo em conta a alta procura existente, quer para comprar quer para arrendar. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam esta tendência de escassez de habitações, sobretudo nas duas maiores cidades do país. No Porto, por exemplo, há 39.303 edifícios concluídos, sendo que nunca se construíram tão poucos como na última década (entre 2011 e 2021): apenas 1.284.
Segundo dados que constam numa plataforma lançada recentemente pelo INE, há na Invicta 39.303 edifícios clássicos, o que representa uma densidade de 948,89 edifícios por km2. Trata-se de um número superior, ainda assim, ao verificado em Lisboa – há na capital 49.223 edifícios clássicos, sendo a densidade de 491,96 edifícios por km2.
Há, no entanto, um denominador comum entre as duas metrópoles: estão a ser construídas menos edifícios. No Porto, nasceram apenas 1.284 nos últimos dez anos (entre 2011 e 2021), bem menos, por exemplo, que na década anterior (2.532).
Tal como em Lisboa, e de acordo com os dados que constam na plataforma, foram construídos muito mais edifícios clássicos até ao virar do milénio, uma tendência que perdeu força a partir de 2001:
- De 2001 a 2005 nasceram 1.238 edifícios;
- De 2006 a 2010 foram construídos 1.294 edifícios;
- De 2011 a 2015 nasceram 516 edifícios;
- De 2016 a 2021 foram construídos 758 edifícios.
Significa isto que em 20 anos foram construídos apenas 3.806 edifícios, muito menos que das duas décadas anteriores: entre 1981 e 2000 nasceram na Invicta 4.206 edifícios.
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