No final de 2022, mais de 166 mil portugueses tinham uma fortuna superior a um milhão de euros, conclui estudo da UBS.
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Milionários em Portugal
ECO

Vivem-se tempos de crise em Portugal e no mundo, tendo a alta inflação subido em flecha nos últimos meses, apesar de já estar a desacelerar, e as taxas de juro escalado. A consequência é a perda de poder de compra. Mas, por outro lado, há mais pessoas a enriquecer em Portugal, tendo o país mais 31 mil novos milionários que há dois anos.

De acordo com dados divulgados esta terça-feira (15 de agosto de 2023) pelo UBS no Global Wealth Report 2023, no final de 2022, mais de 166 mil portugueses tinham uma fortuna superior a um milhão de euros. E mais: no ano passado, 108 portugueses detinham fortunas com valores superiores a 45 milhões.

Segundo o ECO, que se apoia no referido relatório, Portugal tem mais 31 mil milionários do que há dois anos, o que representa um aumento de mais de 23% no número de novas fortunas. 

O estudo permite ainda concluir, por exemplo, cada português em idade adulta tinha em média, no final do ano passado, uma riqueza que rondava 66.000 euros: o dobro face a 2012, quando estava fixada nos 34.725 euros. Trata-se, de resto, de um valor 2,89% superior quando comparado com 2021.

Apoiando-se o estudo, a publicação escreve que a sustentar o crescimento do património dos portugueses estão ativos imobiliários, que, tal como sucedeu no resto do mundo, se mantiveram “resilientes, apesar rápido aumento das taxas de juro”. 

Como evoluiu a riqueza a nível internacional?

A riqueza global caiu em 2022, pela primeira vez em quatro anos, para 454 biliões de dólares, penalizada pela valorização do dólar e pela inflação, com 1% da população a concentrar quase 45% da riqueza, escreve a Lusa, apoiando-se no mesmo estudo. 

A riqueza mundial fixou-se, assim, em 454,4 biliões de dólares (cerca de 415,5 biliões de euros) em 2022. No ano anterior, a riqueza global tinha ascendido 9,8%.

O relatório mostra, ainda, que o mundo deixou de ter 3,5 milhões de bilionários, em resultado da queda de 2,4% da riqueza global, diminuindo as desigualdades entre ricos e pobres. 

Uma descida da riqueza mundial que foi mais evidente na América do Norte e na Europa. No sentido oposto, em economias como a do Brasil, México, Índia e Rússia verificou-se um aumento da riqueza.

*Com Lusa

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