Em Portugal, Espanha e em Itália já se observa um maior decréscimo nos créditos concedidos às famílias e empresas.
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Economia a sofrer com juros do BCE
Público

As economias do Sul da Europa têm estado resilientes face aos elevados juros diretores do Banco Central Europeu (BCE), estando a dar sinais de crescimento. Mas à medida que a política monetária restritiva é transmitida às economias, estes países poderão começar a sentir mais dificuldades. E já há sinais de arrefecimento nas dinâmicas económicas: é precisamente em Portugal, Espanha e em Itália, onde se observa um maior decréscimo nos créditos concedidos às empresas e famílias, como é o caso dos empréstimos habitação.

Na Europa, as economias estão a lidar com o aperto da política monetária do BCE de forma diferente. E, sobre este ponto, o estudo recente publicado pelo banco neerlandês ING refere que “os países do Sul da Zona Euro têm até ao momento conseguido em larga medida desafiar o impacto da subida de taxas de juro do BCE”, cita o Público.

Isto é visível, desde logo, pelo crescimento das economias: em Portugal, o PIB deverá registar uma subida superior a 2% em 2023, enquanto a Alemanha, por exemplo, registou uma contração de 0,3%. Também “as valorizações nos mercados acionista e imobiliário têm sido mais marcadas em países como a Itália, Espanha e Portugal do que na Alemanha, Países Baixos ou Bélgica”, refere a mesma publicação.

Mas este cenário pode estar prestes a mudar, segundo alerta o ING: “A dor do aperto monetário será provavelmente mais sentida em 2024 do que no ano passado, devido aos atrasos longos e variáveis da transmissão da política monetária. Demora um pouco até que o impacto do aperto chegue realmente à economia”. E refere ainda que “existem cada vez mais sinais de que a transmissão da política monetária em 2024 será menos favorável para as economias do Sul da Europa”, cita o mesmo jornal.

Um sinal de que as economias no sul da Europa podem começar a sentir mais o impacto da subida dos juros do BCE está no volume de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas e famílias (como o crédito habitação), que está a descer. Isto é especialmente visível em Espanha, Portugal e Itália. Já nas economias no Norte da Europa, observa-se um crescimento anual positivo nestes empréstimos.

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