
George Freeman demitiu-se do cargo de ministro da Ciência do Reino Unido em novembro do ano passado, e veio agora explicar uma das razões que motivou essa decisão. Entre elas está facto de não conseguir suportar o aumento mensal do crédito habitação, apesar de receber um salário anual de aproximadamente 118.300 libras (cerca de 138 mil euros).
Freeman, que renunciou ao cargo no âmbito da remodelação do Governo liderado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak, começa por explicar numa publicação no seu blog pessoal que “estava tão exausto, abatido e deprimido que começava a perder o espírito irreprimível de otimismo, de esforço, de trabalho de equipa e de progresso”.
Além disso, salienta, deixou de ter condições para pagar a hipoteca da casa que subiu de e 800 libras para 2.000 libras por mês. “Eu simplesmente não a poderia pagar com um salário de ministro. Isso é economia política 2.0”, refere.
O deputado de Mid Norfolk alega ainda que o Reino Unido “corre o risco de tornar a política algo que apenas os financiadores de fundos de investimento, os jovens assessores de imprensa e os sindicalistas falidos se podem dar ao luxo de fazer”.
Questionado sobre as declarações de Freeman, o porta-voz do primeiro-ministro disse, citado pelo citado pelo The Guardian, que “há formas de fixar os salários dos deputados e dos ministros e não há planos para mudar isso”. “É correto assegurar que os salários dos ministros reflitam a situação fiscal geral”.
Freeman é mais um exemplo de que a crise na habitação pode afetar tudo e todos. Recorde-se o caso governadora do Banco Central da Turquia, Hafize Gaye Erkan, que decidiu mudar-se com a família para a casa dos pais, face ao elevado preço dos imóveis em Istambul.
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