Gestora de investimentos imobiliários norte-americana Barings comprou ao grupo francês Saint-Gobain um terreno de 210.000 m2.
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Investidores imobiliários atentos ao segmento de logística
Foto de Elevate na Unsplash

É mais um negócio que comprova que Portugal continua no radar dos investidores imobiliários estrangeiros, nomeadamente no segmento da logística. A norte-americana Barings anunciou a compra de um terreno de 210.000 metros quadrados (m2) nos arredores de Lisboa, em Santa Iria da Azoia (Loures), onde planeia desenvolver um dos maiores parques logísticos de Portugal. O terreno em causa estava na posse do grupo francês Saint-Gobain e o valor da transação não foi revelado. 

Definindo-se como um dos maiores gestores de investimentos imobiliários diversificados do mundo, a Barings adianta, em comunicado, que a aquisição foi realizada através do seu segundo fundo europeu imobiliário de valor acrescentado, o Breeva II. O projeto será promovido “em conjunto com um dos principais promotores imobiliários logísticos da Europa como gestor de desenvolvimento”, acrescenta a empresa. 

“O plano consistirá em cerca de 85.000 m2 de espaço logístico de classe mundial, e terá uma distribuição flexível e um alto nível de sustentabilidade, incluindo os certificados BREEAM Excellent e de redução de carbono”, lê-se na nota. A Barings refere que a zona de Santa Iria da Azoia (Loures) “carece de oferta logística com classificação A” e que o terreno em causa está localizado numa região que regista um crescimento de procura de logística.

Citado no documento, José Carlos Torres, diretor geral e responsável pela área de investimentos imobiliários na Península Ibérica da Barings, revela que a empresa continua “a aproveitar seletivamente as oportunidades oferecidas pelo atual ambiente de mercado”, sendo que “esta transação reflete a atratividade tanto da Península Ibérica como do setor logístico imobiliário”, onde se observam condições “positivas em termos de oferta e procura”.

“Este projeto é particularmente atrativo, por estar localizado numa zona urbana da cidade de Lisboa, podendo dotar o mercado com um espaço de ‘última milha’, bem como de um espaço logístico tradicional com acessos inigualáveis às principais vias de distribuição, além de excelentes ligações de transportes públicos e privados”, acrescenta 

Já Gunther Deutsch, diretor geral e chefe de operações imobiliárias europeias da Barings, considera que “a logística continua a ser um dos tipos de ativos preferidos na Europa em 2024” e adianta que a gestora continua “à procura de projetos de desenvolvimento com parceiros estratégicos, operações de longo prazo ou investimentos em ativos estabilizados que possam proporcionar valor acrescentado”. Em causa estão projetos não só de logística mas também nos diferentes formatos de ‘living’ situados em países como Espanha, Portugal, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, países nórdicos e Países Baixos. 

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