Ordem dos Arquitetos e Associação dos Arquitetos Paisagistas entendem que colaboração “mais próxima” ajuda a responder aos desafios.
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Estado da arquitetura em Portugal
Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos Frederico Weinholtz

A Ordem dos Arquitetos (OA) e a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP) assinam esta quinta-feira (21 de março de 2024), em Lisboa, um protocolo com vista a trabalharem em conjunto sobre a possibilidade de “num futuro próximo” apresentarem ao legislador proposta para uma ordem profissional conjunta. Uma colaboração “mais próxima” que tem como objetivo responder aos desafios existentes.

“Desejando a OA reabrir o processo do seu Estatuto, melhorando aspetos organizacionais e de salvaguarda da qualidade da arquitetura e do urbanismo, e pretendendo a APAP valorizar e definir de forma clara o âmbito dos atos do arquiteto paisagista – ambas na defesa estrita do interesse público – tornou-se fundamental a elaboração e subscrição de um documento agregador”, referem em comunicado as duas organizações. 

As duas entidades adiantam que aceitam colaborar nos serviços e processos de encomenda e concursos de projeto que lhes sejam solicitados pela administração pública ou por entidades privadas, visando a complementaridade das suas competências profissionais e a defesa do interesse público. 

E mais: “Concordam em desenvolver eventos e formações conjuntas, que contribuam para a qualificação profissional e a prestação de serviços dos seus membros e associados, assim como promover programas, projetos e ações tendo em vista um planeamento e desenho urbano mais ‘verde e azul’”, lê-se na nota.  

Citado no documento, Avelino Oliveira, presidente da OA, considera que os desafios de futuro no país e nas cidades portuguesas “assentam na capacidade” de incorporar o “vastíssimo conhecimento que existe” no setor entre os profissionais

“Essa valia tem de ser direcionada para encontrar soluções para os problemas contemporâneos. (…) É fundamental (…) que os arquitetos sejam promotores de uma atividade colaborativa e multidisciplinar. A presença próxima dos arquitetos paisagistas, do seu conhecimento e da sua prática traz enormes benefícios para o interesse público, nomeadamente num contexto em que um desenho urbano e paisagístico muito qualificado é imprescindível. (…) Esta ligação entre as nossas disciplinas é decisiva para responder a estes desafios e beneficiará tanto a APAP como a OA”, acrescenta, salientando que “o futuro comum será o que os membros de ambas as entidades pretenderem”. 

Do lado da APAP, João Ceregeiro afirma que, “perante os desafios globais que hoje se apresentam, mais do que nunca é essencial trazer a paisagem e as suas componentes para o ordenamento do território e para um novo desenho das cidades”. Desafio esse “capaz de um olhar sobre a relação complexa do homem e de todos os seres vivos em equilíbrio com os fatores físicos do meio e que hoje é a pedra de toque da luta contra a perda da biodiversidade, e das doutrinas da neutralidade climática e da gestão racional dos recursos”, sustenta o presidente da associação.

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