Os preços dos imóveis comerciais aceleraram em 2023 para 5,5%, mais 1,3 pontos percentuais (p.p.) do que em 2022. Mas continuam a apresentar um crescimento mais lento face aos preços das casas, que aumentaram 8,2% nesse mesmo ano. Ainda assim, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que este foi o ano em que se registou a menor diferença na evolução dos preços entre imóveis comerciais e residenciais desde 2015.
Em 2023, o Índice de Preços das Propriedades Comerciais registou uma variação média anual de 5,5%, uma evolução 2,7 p.p. inferior ao registado nas habitações (8,2%). "No ano de referência registou-se a menor diferença na evolução dos preços entre imóveis comerciais e residenciais desde 2015", destacou o instituto no boletim publicado esta segunda-feira, dia 27 de maio.
"O mercado das propriedades comerciais continuou a evidenciar uma dinâmica de crescimento dos preços de transação em 2023", começa por explicar o INE. E diz mesmo que o aumento dos preços dos imóveis comerciais de 5,5% foi "a taxa de variação média anual mais elevada da última década", muito embora continue aquém da evolução dos preços das casas.
"Tal como tem vindo a observar-se nos últimos anos, em 2023, o mercado residencial […] continuou a apresentar um ritmo de crescimento anual dos preços superior ao registado nas propriedades comerciais, 8,2% e 5,5%, respetivamente", refere o INE, notando que a desaceleração dos preços dos imóveis residenciais (-4,4 p.p.), "associada ao aumento do ritmo de crescimento dos preços das propriedades comerciais, conduziu ao menor diferencial das taxas de variação entre os dois indicadores desde 2015".
O Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom) tem como principal objetivo medir a evolução dos preços das propriedades comerciais transacionadas no território nacional. À semelhança do que sucede com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) – que é divulgado pelo INE desde julho de 2014 – o IPPCom utiliza informação administrativa fiscal do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT) e do imposto municipal sobre imóveis (IMI).
*Com Lusa
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