Na capital, foram ocupados 119.000 m2 até maio, mais 6% que no período homólogo. Na cidade Invicta, a diferença é maior (36%).
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Ocupação de escritórios em Portugal
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O segmento de escritórios, um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19, que levou muitas empresas e pessoas a optar pelo teletrabalho ou pelo regime híbrido, está a dar sinais de recuperação este ano. Pelo menos em Lisboa e no Porto. Na capital, foram ocupados 119.000 metros quadrados (m2) apenas nos primeiros cinco meses do ano. Trata-se de um volume de absorção 6% superior face ao registado em todo o ano passado (112.500 m2). No Porto, foram ocupados 27.500 m2, mais 36% que no período homólogo. Em causa estão dados que constam no recente relatório mensal Office Flashpoint da JLL.

“Dados os níveis reduzidos de atividade alcançados em 2023, já era expectável que o mercado tivesse uma trajetória de recuperação este ano. Contudo, atingir em apenas cinco meses um volume de ocupação superior ao do total anual, supera as nossas perspetivas iniciais”, diz Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, em comunicado. 

Inflação mais controlada e descida de juros dão confiança

Segundo a responsável, “a melhoria das perspetivas de crescimento económico, o controlo da inflação e a inversão das subidas dos juros estão a ter um impacto positivo na confiança das empresas”, o que se reflete “na procura de escritórios”. 

“Ao mesmo tempo, esta recuperação da procura tem sido acompanhada pela chegada de nova oferta ao mercado, mesmo que em formato de pré-arrendamento. E, assim, é de esperar que os níveis de ocupação continuem a crescer de forma muito saudável face ao ano passado e, mesmo numa visão mais conservadora para a segunda metade do ano, é seguro prevermos atividades alinhadas com a média dos últimos cinco anos, que é em volta dos 175.000 m2 para Lisboa e de 55.000 m2 para o Porto”, antecipa Sofia Tavares.

De referir que os 119.000 m2 de ocupação registados em Lisboa até maio traduzem um aumento de 242% face aos 35.000 m2 ocupados no período homólogo. 

A consultora revela que se realizaram 72 operações em Lisboa no período em análise, tendo a área média por transação sido de 1.650 m2, mais 185% que o indicador de 2023. 

Por zonas, o Parque das Nações, com uma quota de 41%, foi a localização mais dinâmica, sendo as empresas de Serviços Financeiros as mais ativas, com uma fatia de 40% da ocupação no acumulado do ano.

Segmento de escritórios em Portugal
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Ocupação de escritórios dispara no Porto 

No que diz respeito ao Porto, foram ocupados 27.500 m2 de escritórios, mais 36% que os 20.000 m2 registados em igual período de 2023. 

De acordo com a JLL, até maio concretizaram-se 38 operações no mercado da cidade Invicta, com uma área média de 716 m2, praticamente o mesmo que em 2023. Por zonas, Matosinhos, com 38% do take-up, e o CBD-Boavista, com 34%, são as localizações mais dinâmicas em 2024. E por segmentos, destaque para as TMT’s & Utilities, que garantiram 46% da atividade no acumulado do ano. 

Clica neste link para consultares o mais recente Office Flashpoint da JLL.

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