Só em 2023, os ativos imobiliários do banco extinto deram prejuízos de 448 milhões de euros ao Santander e à Blackstone.
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Imóveis do Banco Popular
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Cerca de seis anos depois de ser extinto, o antigo Banco Popular continua a dar que falar. A Quasar, empresa imobiliária que herdou os ativos imobiliários do Banco Popular, teve prejuízos de 448 milhões de euros em 2023, mais 55,6% do que no mesmo período do ano passado. Assim, a Blackstone e o Santander (que controlam a Quasar) continuam a ter prejuízos de milhões devido aos ativos problemáticos deste banco português já extinto.

As contas consolidadas da Project Quasar Investments 2017 – conhecida por Quasar – revelam que a sociedade teve prejuízos de 448,5 milhões de euros em 2023 (mais 55,6% em termos homólogos), escreve o espanhol Cinco Días. Isto quer dizer que a venda de ativos tóxicos do Banco Popular não está a ser rentável para os seus acionistas neste momento, apesar da empresa ter faturado 568,1 milhões durante o ano passado.

Foi no início de 2018 que o Projeto Quasar nasceu, passando a controlar os ativos imobiliários do Banco Popular (entretanto extinto e comprado pelo Santander). Estes imóveis foram transferidos para a nova empresa por um total de 10.261 milhões de euros, valor que corresponde a um desconto de 65% sobre a sua avaliação (que ascendia a 30 mil milhões).

De lá para cá, o Santander e a Blackstone (que detém 49% e 51% da imobiliária Quasar, respetivamente) somaram perdas de 4.135 milhões de euros com os ativos problemáticos herdados do Banco Popular, refere ainda o mesmo jornal. Ainda assim, desde a sua criação em 2018, a empresa conseguiu distribuir 566 milhões de euros em dividendos pelos seus acionistas.

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