
Os preços das casas à venda não são estáticos, variando nomeadamente em função da flutuação entre a procura de habitação e a oferta existente. Atualmente, em Portugal assiste-se a uma maior procura de casas, fomentada pela descida dos juros no crédito habitação, a par da isenção de IMT para jovens. Por outro lado, a recente alteração à lei dos solos abre novas oportunidades no stock de casas para vender no médio prazo, uma vez que permitirá construir habitação acessível em terrenos rústicos. Todos estes e outros fatores influenciam os preços das casas a nível nacional e também em cada região do país. Enquanto em alguns territórios se sentiu um aumento expressivo dos preços das casas no último ano (como Alcoutim), outras zonas enfrentaram quedas significativas (o município de Borba, por exemplo), tal como revela a mais recente análise do idealista, o principal marketplace imobiliário do sul da Europa.
Em que municípios o preço das casas à venda mais aumentou?
Esta análise baseada no relatório de preços de habitação do idealista relativo a novembro de 2024, mostra que entre os municípios com as maiores subidas anuais nos preços das casas à venda, Alcoutim, no distrito de Faro, lidera com um aumento de 54,6%. Neste concelho algarvio, o custo mediano de comprar casa passou a fixar-se em 1.159 euros por metro quadrado (euros/m2).
Também houve um aumento expressivo dos preços das casas à venda no concelho de Vila Nova da Barquinha (distrito de Santarém), com uma valorização de 36,5%. Os municípios portuenses Marco de Canaveses e Amarante também sentiram subidas significativas dos preços, de 34,8% e 32%, respetivamente.
Com subidas anuais dos preços das casas inferiores a 30% estão os seguintes municípios: Covilhã (Castelo Branco), com um aumento de 29,8%; Golegã (Santarém), com um crescimento de 29,0%; Valença (Viana do Castelo), com uma subida de 28,7%; e Lagoa (São Miguel), na ilha de São Miguel, Açores, com um aumento de 28,1%.
O top10 dos municípios que sentiram maiores aumentos anuais do custo da habitação termina com Constância (Santarém) e Ribeira Grande (São Miguel), que apresentam crescimentos dos preços de 27,1% e 26,1%, respetivamente.
Municípios com maior descida do custo das casas
Neste período, também houve municípios que viram as casas à venda a ficarem mais baratas. O concelho de Borba, no distrito de Évora, registou a maior descida dos preços, uma redução de 29,6%. Em seguida, estão São João da Pesqueira (Viseu), com uma queda de 20,5%, e Mortágua (Viseu), com uma diminuição de 15,3%.
Outras reduções significativas dos preços das casas à venda foram observadas em Sabugal, distrito da Guarda (-12,2%), e Proença-a-Nova, em Castelo Branco (-12,0%). No distrito de Coimbra, Condeixa-a-Nova e Miranda do Corvo registaram descidas de 11,8% e 10,4%, respetivamente. E em Murtosa, distrito de Aveiro, apresentou uma redução dos preços das casas de 10,1%. Por fim, os municípios de Mangualde e Nelas, ambos no distrito de Viseu, registaram quedas de 9,7% e 8,2%, respetivamente.
Municípios com a maior e menor subida de preços das casas em cada distrito
A lista de municípios que registaram a maior subida dos preços das casas no último ano é ligeiramente diferente quando consideramos os concelhos com maior valorização da habitação de cada distrito e ilha do país. No distrito de Faro, foi o município de Alcoutim que apresentou a maior subida de preços (54,6%) – o território que também lidera a lista nacional. Em Santarém, Vila Nova da Barquinha registou um aumento de 36,5%. No distrito do Porto, Marco de Canaveses teve uma subida de 34,8%. E no distrito de Castelo Branco foi a Covilhã que liderou a subida de preços (29,8%).
No caso de Viana do Castelo, Valença registou a maior valorização da habitação neste distrito (28,7%). Na ilha de São Miguel, o município de Lagoa teve a maior subida dos preços das casas de 28,1%. Em Braga, o município de Vizela registou o maior aumento, de 24,5%. Em Aveiro, Mealhada viu os preços crescerem 24%, mesma percentagem registada em Avis, no distrito de Portalegre.
No distrito de Lisboa, Arruda dos Vinhos registou uma valorização anual da habitação de 22,4%, enquanto Ansião, em Leiria, subiu 22,8%. Santa Cruz, na Madeira, registou um aumento de 21,4%, e Penela, em Coimbra, cresceu 21,1%. Outros destaques incluem Vila Real, com 19,5%; Mora, em Évora, com 19,3%; e Angra do Heroísmo, na Terceira, onde o preço subiu 15,7% em 12 meses.
No entanto, alguns municípios registaram aumentos bem menores ou até mesmo quedas nos preços das casas. A Praia da Vitória, na ilha Terceira (Açores), teve a menor subida anual de 13,4%. Na ilha de São Miguel, Povoação subiu 10,5%, enquanto Ponta do Sol, na Madeira, cresceu 9,1%.
- No Porto, os preços subiram 7,8%. Montalegre, em Vila Real, teve um crescimento de 5,2%, e Esposende, em Braga, aumentou 5,1%.
- Em Portalegre, Nisa registou a menor subida distrital de 4,6%.
- Em Alcanena, Santarém, os preços das casas subiram apenas 1,5%.
- Em Alenquer, em Lisboa, os preços mantiveram-se estáveis (0,3%), assim como em Aljustrel, em Beja (-0,1%).
Em alguns casos, os preços das casas à venda caíram no último ano terminado em novembro de 2024. Em Aljezur, em Faro, os preços para comprar casa viram uma redução de 3%. Já em Alcácer do Sal, em Setúbal, o custo da habitação caiu 4,1%. No Pico, São Roque do Pico registou uma descida de 4,2%, assim como Ponte da Barca, em Viana do Castelo. Torre de Moncorvo, em Bragança, registou uma redução dos preços de 7,1%, e Óbidos, em Leiria, caíram 7,8%. Na Murtosa, em Aveiro, comprar casa ficou 10,1% mais barato, enquanto Condeixa-a-Nova, em Coimbra, as habitações desceram o preço na ordem dos 11,8%.
No distrito de Castelo Branco, Proença-a-Nova registou a maior descida dos preços das casas de 12%; Sabugal, na Guarda, de 12,2%, e São João da Pesqueira, em Viseu, teve uma redução significativa de 20,5%. Borba, em Évora, lidera as quedas nacionais dos preços das casas com uma descida de 29,6%.

Metodologia
Dados recolhidos e analisados pelo idealista/data, a proptech do idealista que fornece informações destinadas a um público profissional para facilitar a tomada de decisões estratégicas, tanto em Espanha, Itália como em Portugal. Utiliza todos os parâmetros da base de dados do idealista em cada país, assim como outras fontes de dados públicas e privadas, para oferecer serviços de avaliação, investimento, captação e análise do mercado.
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