
Está em curso a estratégia de regeneração de bairros e zonas degradadas de Lisboa, para que não continue a ser uma “cidade esquecida”. A autarquia da capital já tem projetos para renovar várias zonas, que vão permitir disponibilizar 3.000 novas casas municipais nos próximos anos.
Na reunião do Conselho Municipal de Habitação foram apresentados vários projetos de investimento na regeneração das zonas degradadas de Lisboa, revela a autarquia em comunicado enviado às redações:
- Requalificação da Quinta do Ferro: aqui vão ser criadas 90 habitações com renda acessível, novos espaços verdes, uma praça e um estacionamento subterrâneo;
- Plano de Urbanização do Vale de Santo António: projeto integrado no Programa 5 Vales já foi aprovado, viabilizando o desenvolvimento de um novo bairro sustentável, com cerca de 2.400 habitações em terrenos municipais, equipamentos públicos e um parque urbano com cerca de 8 hectares.
- Loteamento municipal do Casal do Pinto: está atualmente em fase final e vai permitir a construção de cerca de 200 novas habitações municipais e um novo jardim.
Na mesma reunião, a vereadora do Urbanismo Joana Almeida sublinhou ainda a relevância da recente aprovação da delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Vale de Chelas, também incluído no Programa 5 Vales, que contempla ações estruturantes também na Avenida Almirante Reis, no Vale de Alcântara e na encosta da Ajuda.
“Lisboa é feita para todos e não podemos tolerar que continue a existir uma cidade esquecida”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacando ainda que “esta regeneração da cidade esquecida vai também contribuir, de forma significativa, para aumentar e melhorar a oferta de habitação pública”.
Para Joana Almeida, “intervir na cidade esquecida foi uma missão desde o início do mandato. Lisboa tem um lado abandonado e desqualificado que exige maior atenção por parte dos políticos. Neste contexto, criámos o Programa Melhor Cidade, com o objetivo de intervir nessas zonas esquecidas, melhorando a coesão territorial e a qualidade do espaço construído, colocando aqui toda a nossa energia, sabendo que ainda há muito por fazer”, acrescenta.

Há mais projetos de requalificação de casas e espaços públicos em Lisboa
Através da dinamização de zonas e bairros de Lisboa identificadas como áreas prioritárias para intervenção, a Câmara Municipal de Lisboa tem desenvolvido vários projetos. Entre eles destacam-se as iniciativas de requalificação do espaço público, infraestruturas, e regularização cadastral nas 10 AUGI da cidade – Bairro do Alto do Chapeleiro, Bairro dos Sete Céus, Quinta do Grafanil, Quinta da Torrinha, Galinheiras, Quinta da Mourisca, R. Particular à Az. da Cidade, Quinta do Olival, R. Particular à Az. Lameiros e Azinhaga Torre do Fato.
As obras de urbanização do espaço público no Bairro Horizonte terão início este ano, estando já definidos os critérios de regularização das habitações. Em breve deverá ser lançado um concurso de ideias para a requalificação do Bairro Portugal Novo e, ainda este mês, um concurso para cooperativas destinado à construção de um edifício com 12 casas em Benfica.
Também o Bairro Padre Cruz, Bairro da Boavista e Bairro São João de Brito foram já objeto de loteamento municipal e ações de requalificação, que continuarão ao longo do próximo mandato.
A vereadora da Habitação, Filipa Roseta, realçou que “a regeneração urbana destes bairros está a ser feita com e para a população local”, num processo iniciado há três anos, fortemente participado pelas juntas de freguesia e associações de moradores, no âmbito dos Gabinetes de Apoio aos Bairros de Intervenção Prioritária (GABIP). “É um caminho exigente, mas que se faz com felicidade, porque no fim conseguimos resolver problemas concretos da cidade e das pessoas”, concluiu.
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