EntreCampos – Lote B2 traz apartamentos à antiga Feira Popular

Os terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, fizeram correr muito tinta. Certo é que ali está a nascer aquele que é um dos maiores projetos imobiliários da capital e do país, senão o maior: terá um novo parque verde e edifícios de habitação, escritórios e unidades de comércio e equipamentos. Falamos do EntreCampos, da Fidelidade Property, que já arrecadou, por exemplo, o prémio “Best New Mega Development” no MIPIM Awards 2025. Um dos edifícios de habitação é o EntreCampos – Lote B2, que será construído numa área de construção com cerca de 61.000 metros quadrados (m2).

Em causa está “um dos maiores empreendimentos urbanos de Lisboa”, segundo se lê no site AnteProjectos (AP), uma ferramenta de consulta de futuras obras, com foco em arquitetura, engenharia e construção. 

Trata-se de um edifício que “ocupa o lote privado destinado à habitação e comércio” do projeto EntreCampos. Tem uma área de construção de aproximadamente 61.000 m2 e “desenvolve-se a partir de um embasamento com quatro pisos em cave, dedicado a estacionamento e retail, sobre o qual se erguem três volumes habitacionais com nove e 16 pisos, organizados em torno de um pátio interior”, é referido no artigo. 

Segundo a AP, “dada a altura dos três volumes habitacionais, e o facto de as mesmas estarem localizadas na zona de Lisboa, foi rapidamente percetível que a ação sísmica seria altamente condicionante no dimensionamento destas estruturas, sendo por isso necessário dotá-las de elementos de contraventamento com a devida capacidade de resistência, deformabilidade e ductilidade”. “Para este efeito, foi concebida uma malha estrutural composta por núcleos de escadas e elevadores e paredes em betão armado para fazer face às solicitações horizontais a que os edifícios estarão sujeitos, nomeadamente as ações do vento e sismo”, acrescenta. 

De referir que coube ao gabinete A400 – Projetistas e Consultores de Engenharia o desenvolvimento de várias especialidades de engenharia, nomeadamente estruturas e instalações mecânicas, hidráulicas e elétricas, num processo articulado com a equipa de arquitetura desde as fases iniciais de conceção até à definição técnica final. 

“A coexistência das múltiplas especialidades implicou um elevado nível de coordenação e interoperabilidade entre equipas, apoiado por metodologias digitais de modelação e gestão integrada (BIM), que permitiram antecipar incompatibilidades e otimizar os processos de projeto e construção”, lê-se no artigo.

O projeto EntreCampos inclui habitação, escritórios, espaços comerciais, parqueamento, zonas verdes e áreas públicas. E promete transformar esta zona central da capital portuguesa num exemplo europeu de modernização urbana. Recorde-se que estes terrenos da foram comprados pela Fidelidade, em 2018, por mais de 270 milhões de euros.