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o gráfico em cima indica quais são os principais obstáculos que enfrentam as empresas de mediação imobiliária em portugal.

setúbal, santarém, vila do conde, vila nova de gaia, albufeira, olhão e portimão, são alguns dos municípios que aumentaram o imposto municipal sobre imóveis (imi) em imóveis reavaliados pelas finanças, sendo que setúbal, vila do conde, albufeira e portimão chegaram mesmo a aplicar a taxa máxima de i

o número de casas entregues aos bancos diminuiu 72,6% no primeiro trimestre de 2013, face ao mesmo período de 2012, informou hoje a apemip – associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal.

o balcão nacional de arrendamento (bna) começou a funcionar há cerca de três meses e meio – dia 11 de janeiro –, tendo sido iniciados, desde então, 921 processos para despejar inquilinos.

em 2012, o sector imobiliário viveu um dos piores anos da história. a crise económica, aliada às medidas de austeridade e ao aumento do desemprego, por exemplo, estão a fazer com o que os portugueses comecem cada vez mais a apostar no mercado de arrendamento.

o presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), luís lima, enalteceu o facto de haver menos edifícios em mau estado no país – número dos edifícios degradados caiu 36% –, mas considerou que ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeito

luís lima, presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), estima que os bancos portugueses tenham pelo menos 20 mil casas a estrear para vender. um número bem superior se forem tidas em conta as habitações usadas na posse da banca.

o facto de os bancos estarem a cortar na concessão de crédito à habitação, dificultando as condições de acesso dos empréstimos, não significa que esta seja uma altura má para comprar casa. pelo contrário. o mesmo se pode dizer no que diz respeito à aposta no mercado de arrendamento.

portugal é um país de proprietários, já que as pessoas habituaram-se, ao longo dos anos, a comprar casa em vez de arrendar. uma tendência que parece estar a inverter-se, sendo que o arrendamento começa a ser visto como uma das soluções para a saída da crise no sector imobiliário.

nos últimos dois anos, o número de casas vendidas no país caiu 50%. segundo dados da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), só em 2011, a venda de casas baixou 20% face ao ano anterior, totalizando 167.496 imóveis transaccionados.

a crise no sector da construção e imobiliário continua a deixar marcas.

em menos de um ano, entre junho de 2012 e janeiro deste ano, portugal caiu nove lugares num ranking de 38 países europeus que avalia o preço da habitação por m2, descendo da 26ª para a 35ª posição.

os portugueses estão a optar cada vez menos por comprar casa e, quando o fazem, tendem a não pedir empréstimo ao banco, ou seja, investem com capital próprio.

no ano passado, foram entregues 5.500 imóveis aos bancos em dação em pagamento, menos 21% que em 2011.

o gráfico em cima dá a conhecer a evolução dos imóveis entregues em dação em pagamento desde dezembro de 2009.

a plataforma informática da associação dos profissionais e das empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), que estava em preparação e que vai funcionar como um canal aberto para os milhares de imóveis da banca junto das mediadoras imobiliárias nacionais, está concluída.

As dificuldades financeiras dos portugueses, que têm visto o salário decrescer com o passar do tempo, na sequência da crise e das medidas de austeridade, estão a originar uma nova tendência no mercado imobiliário nacional.

o mercado de arrendamento está a ganhar cada vez mais adeptos em portugal, até porque arrendar casa no país é mais barato hoje que há dois anos.

o presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip) mostrou-se pouco optimista para 2013, adiantando que “o primeiro trimestre será crucial para o país e para o mercado imobiliário”.

os portugueses continuam a preferir comprar casa em vez de arrendar, mas a verdade é que está cada vez mais difícil ter casa própria, sobretudo devido ao facto de os bancos estarem a cortar na concessão de crédito à habitação.