Somague

Diogo Vaz Guedes foi um dos gestores mais proeminentes em Portugal, na década passada, destacando-se pela liderança na Somague, mas também pela investida no negócio hoteleiro. Além disso, assumia protagonismo no espaço público: em 2004 foi um dos rostos de apoio ao movimento Compromisso Portugal, ao lado de gestores como António Mexia, Filipe de Botton, Alexandre Relvas e António Carrapatoso. Hoje, está oficialmente insolvente e a viver fora do país.

A construtora Somague confirmou que vai avançar com um despedimento coletivo de 300 trabalhadores, para tornar a empresa competitiva. Uma decisão motivada pelas dificuldades em Angola e no Brasil, principais mercados internacionais onde opera.

A Somague, que está em litígio com o Estado devido à paragem das obras do Túnel do Marão, quer regressar à construção do mesmo. Após ter sido anunciada a intenção política de retomar a obra, a Estradas de Portugal lançou, no este mês, quatro concursos públicos para a completar. Agora, e apesar da decisão ainda não estar formalizada, a Somague prepara-se para reentrar na corrida à empreitada.

O Tribunal Central Administrativo Sul decidiu que a Câmara Municipal de Lisboa vai ter de pagar uma dívida de 3,3 milhões a um consórcio ligado ao setor imobiliário. Em causa está a construção de dois empreendimentos de habitação para jovens, sendo que a autarquia anda desde então a eximir-se ao pagamento, a pretexto da falta de um visto do Tribunal de Contas.

Foram adjudicadas à Somague obras num valor global de 378 milhões de euros em Angola, tendo a construtora portuguesa mais que triplicado a carteira de encomendas no país, que era de 172 milhões de euros.

a construtora espanhola sacyr colocou oficialmente à venda a sua promotora imobiliária, a vallehermoso, revelou a empresa num comunicado enviado ao mercado.

o consórcio formado pela somague engenharia e neopul assinou um contrato com a empresa mineira vale, responsável pela exploração da mina de carvão de moatize, em moçambique, para reabilitar infra-estruturas ferroviárias na linha de nacala por 176 milhões de euros.

a construção é seguramente um dos sectores mais afectados pela crise. à semelhança do que aconteceu no ano passado, 2012 trouxe muitas falências e muito desemprego, sendo que apenas parecem escapar a este flagelo os grandes grupos, as grandes construtoras.

a construtora somague garantiu a vitória em dois concursos internacionais na área portuária, no valor conjunto de cerca de 143 milhões de euros.

o presidente do sindicato da construção de portugal (scp), albano ribeiro, afirmou que o sector pode perder mais 20 mil postos de trabalho a curto prazo. “o sector atravessa uma situação que nunca atravessou", disse, citado pelo jornal de negócios (jdn).

as maiores construtoras portuguesas dispensaram cerca de quatro mil trabalhadores nos últimos dois anos, sendo que o sector já pesa 14,7% no desemprego a nível nacional.