Ao fim de mais de um mês em casa, as pessoas estão sobrecarregadas, stressadas e ansiosas para voltar ao escritório.
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Trabalhar mais horas por dia? Uma consequência do teletrabalho em tempos de pandemia
William Iven on Unsplash

Teletrabalhar em tempos de pandemia de novo coronavírus pode também estar a significar que muitas pessoas trabalhem mais horas por dia que o normal. Ao fim de mais de um mês em casa, as pessoas estão sobrecarregadas, stressadas e ansiosas para voltar ao escritório. Será que este é também o teu caso?

Segundo o Jornal de Negócios, que cita um artigo da Bloomberg, são vários os exemplos de excesso de trabalho, ou trabalho fora de horas, em tempos de Covid-19. 

“Um executivo do JPMorgan Chase recebe mensagens à noite e nos fins de semana sem um pedido de desculpas dos colegas, incluindo uma notavelmente exigente no domingo de Páscoa. Um web designer cujo quarto serve de escritório tem de acionar um alarme para se lembrar de almoçar durante a horário de trabalho sem parar. Na Intel, uma vice-presidente com quatro filhos fica ligada 13 horas por dia enquanto tenta conciliar a tarefa de cuidar das crianças e do trabalho”, escreve a publicação.

Um “cenário” que permite concluir que durante este período – o teletrabalho já dura há mais de um mês – estão a ser quebradas todas as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal.

“Para ser bem sincera, estou a usar exatamente a mesma roupa da segunda-feira”, disse Rachel Mushahwar, vice-presidente e diretora-geral de vendas e marketing para os EUA da Intel, citada pela agência de notícias. 

Os números são esclarecedores: nos EUA, as pessoas que trabalham em casa estão ligadas três horas a mais por dia do que antes dos confinamentos, segundo dados da NordVPN, que permitem rastrear quando os utilizadores se conectam e desconectam do trabalho. Entre todos os países que a NordVPN analisa, os trabalhadores dos EUA eram os que se ligavam por mais tempo. Em França, Espanha e Reino Unido, o horário de trabalho aumentou duas horas, de acordo com a mesma fonte.

Outro exemplo de excesso de trabalho tem origem em Toronto, no Canadá: Huda Idrees, diretora-presidente da Dot Health, uma startup de tecnologia, confirma que os seus 15 funcionários estão a trabalhar, em média, 12 horas por dia, acima das 9 horas pré-pandemia. “Estamos nos nossos computadores muito cedo, porque não há tempo de deslocação. E, como ninguém sai à noite, também estamos sempre lá”, referiu.
 

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