No crédito à habitação, o malparado era de 0,74% em abril, inferior ao de março (0,77%) e ao do período homólogo (1,4%).
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Crédito malparado nos empréstimos para a compra de casa desce em abril
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O crédito malparado nos empréstimos aos particulares para compra de casa e às empresas desceu em abril – em plena crise causada pela pandemia do novo coronavírus –, face ao período homólogo. No caso dos particulares, o valor em dívida aos bancos representava 2,05% do crédito total concedido, menos que em março (2,06%) e que em abril do ano passado (2,69%). No crédito à habitação o malparado era ainda menor, de 0,74%, abaixo dos 0,77% do mês anterior e dos 1,4% do mesmo mês do ano passado.

Em causa estão dados do Banco de Portugal (BdP). Segundo a Lusa, citada pela emprensa nacional – que se apoia nos dados do BdP –, no crédito ao consumo e outros fins, o crédito malparado representava 6,8% em abril, neste caso acima dos 6,7% de março, mas muito abaixo dos 7,9% de abril de 2019.

Tendo em conta apenas o número total de devedores, e não os montantes do crédito em dívida, 10% dos particulares tinham em abril empréstimos vencidos, acima dos primeiros três meses deste ano (9% em janeiro, 9,2% em fevereiro e 9,6% em março).

No caso das empresas, o crédito malparado representava, em abril, 4,42% do crédito total. Um valor que fica abaixo tanto de março (4,45%) como de abril de 2019 (7,65%). De referir que nas empresas, o 'stock' dos empréstimos concedidos pelos bancos era de 67,74 mil milhões de euros no final de abril, mais 0,42% que em março e menos 1,8% que no período homólogo.

Relativamente ao montante concedido em abril, o 'stock' de empréstimos aos particulares era de 118,7 mil milhões de euros, menos 0,14% que em março e mais 3,10% que em abril de 2019. De realçar o facto de, no crédito à habitação, o montante ter recuado 0,38% num ano, para 93,12 mil milhões de euros.

Já no crédito ao consumo, o valor concedido em abril era de 19 mil milhões de euros, mais 22% que em abril de 2019. Os empréstimos a outros fins totalizavam 6,5 mil milhões de euros em abril, menos 3,5% face ao mesmo mês de 2019.

De recordar que na sequência da Covid-19, está em vigor, precisamente desde abril, uma lei que permite a suspensão dos pagamentos das prestações de créditos à habitação de particulares e créditos de empresas (capital e/ou juros) por seis meses, até setembro.

Uma moratória que foi também aprovada pelos principais bancos que operam em Portugal, tendo sido alargada ao crédito ao consumo (não abrangido pela moratória pública do do Governo) e crédito à habitação, sendo que podem aceder à moratória clientes com quebras de 20% nos seus rendimentos (que a lei do Governo não abrange).

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