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A Zome foi criada em 2019 com uma visão definida e inovadora. “Não se trata apenas de formar muitos consultores imobiliários”, explica a CEO da Zome Real Estate, Patrícia Santos, ao idealista/news. “É absolutamente prioritário garantir uma rede sólida através dos melhores métodos de trabalho, melhor formação e melhor tecnologia e o melhor acompanhamento individualizado, através de coaching para garantir que os nossos consultores alcançam os seus sonhos".

Atualmente colaboram com a Zome cerca de 1.200 pessoas, repartidas por 21 Hubs imobiliários e clusters espalhados sobretudo por Portugal, mas também em Espanha. Desta forma, tem sido possível crescer apesar do contexto global pouco positivo.

Estando no mercado há muito pouco tempo, quando a pandemia da Covid-19 levou ao primeiro cenário de confinamento em março de 2020, as rotinas dos seus colaboradores são muito semelhantes ao que eram antes da pandemia. Patrícia Santos afirma mesmo que “a única diferença é a falta de contacto presencial, que é colmatada de outras formas”.

A força das ferramentas digitais

Em termos da gestão global das equipas também foram necessárias mudanças. “Reforçámos as rotinas de acompanhamento das equipas pelo staff dos hubs, para minimizar o impacto do contexto e para lhes dar o máximo de ferramentas e motivação possível para não abrandarem o ritmo de trabalho e concretização de negócios”, descreve a CEO da Zome em entrevista ao idealista/news.

As aprendizagens feitas em março de 2020 permitiram à Zome encarar este segundo confinamento com mais “serenidade”, utilizando alterações já feitas com o reforço do trabalho e da formação online e a utilização mais intensiva das ferramentas digitais por parte dos consultores imobiliários da Zome.

Paralelamente, Patrícia Santos fala das novas ferramentas criadas: “o Zome NOW, uma plataforma para reserva de imóveis 100% online, o Zome Go! para facilitar o início do processo de angariação por via unicamente digital, o Meet Zome, uma plataforma própria de reuniões online, e a Zwiki, uma plataforma de conhecimento sobre o mercado imobiliário e da própria Zome que permite que, com uma procura simples por palavra chave, o consultor encontre rapidamente toda a informação que necessita, bem como documentos, vídeos tutoriais, ferramentas de trabalho”.

Hubs com mais faturação na pandemia que em 2019

O mercado tem reagido de forma excelente à nossa forma de trabalhar neste contexto de pandemia e, por isso, temos mantido a operação num ritmo muito interessante”, concluiu a responsável. “Alguns dos nossos hubs conseguiram faturar mais do que em 2019 e houve mesmo o estabelecimento de recordes”, acrescenta, dando como exemplo "o caso da equipa do nosso consultor Carlo Monteiro, em Braga, que este ano atingiu finalmente um nível de faturação que já há muitos anos perseguia, faturando mais de um milhão de euros”.

Em termos de procura, a visão da Zome é transversal aos restantes testemunhos do mercado imobiliário, descrevendo as famílias que procuram espaços “maiores, mais versáteis e mais funcionais” pois a “casa” é agora mais valorizada. Por outro lado, a imobiliária tem registado uma maior procura por terrenos e lotes para construção por parte de investidores.

É verdade que o contexto é incerto, e é difícil fazer planos de médio prazo neste cenário, mas na visão de Patrícia Santos, as oportunidades de negócio neste setor vêm de todo o lado. “A transação de um imóvel está sempre ligada a uma determinada fase da vida de alguém, seja pelo crescimento do agregado familiar, uma promoção profissional ou a chegada a uma nova cidade ou por uma mudança das circunstâncias de vida, como uma diminuição do agregado familiar, uma herança por exemplo. Por isso este mercado é tão ativo e fértil em oportunidades”, explica.

Pandemia valoriza a importância da casa 

Em termos de principais desafios, Patrícia Santos fala sobre a correção do preço dos imóveis usados que poderá acontecer ao longo do ano de 2021, dependendo sobretudo do fim das moratórias, da evolução da taxa de desemprego e da cadência de entrada do produto novo no mercado. “Olhando para a dinâmica da oferta, é expectável antecipar a entrada gradual de novos fogos no mercado que deverão continuar a ser absorvidos pela procura, sem criar stock, sem criar pressão nos preços de venda. Poderá, no entanto, haver um aumento da oferta do usado, motivada pelo fim das moratórias e pela entrada no mercado de fogos provenientes da reconversão do alojamento local”.

Ainda assim, a perspetiva da Zome é otimista. “Esta pandemia trouxe às pessoas uma consciência ainda maior da importância da casa, da sua habitabilidade, do conforto que precisam para lá permanecer mais tempo do que lhes era habitual. Esse ganho de consciência vai ser muito benéfico para quem opera neste setor”.

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