Casas de bancos

Há três anos, quando a Troika chegou a Portugal, os bancos mostravam-se muito pouco disponíveis para emprestar dinheiro para a compra de casa. A banca tinha fechado a torneira ao crédito à habitação. Hoje, apesar das condições exigidas pela banca ainda serem bastante restritivas, o cenário mudou e há luz ao fundo do túnel para quem necessita de financiamento.

Os bancos foram acumulando muitas casas nos seus balanços. Para de “desfazerem” desses imóveis, criaram condições mais vantajosas face às concedidas nos empréstimos tradicionais para a compra de casa. Desde logo está a possibilidade de financiarem até 100% do valor da compra do imóvel. Já os spreads variam entre os 2% e os 3%, quando nos créditos relativos a casas que não estão na posse dos bancos aproximam-se dos 5%.

Em 2013, os bancos aceitaram a dação em pagamento de 14 imóveis ao abrigo do Regime Extraordinário do crédito à habitação. Destes, sete foram acordados no último trimestre do ano, ou seja, nos últimos três meses de 2013 a banca ficou na posse de tantas casas como nos nove meses anteriores.

Os bancos foram acumulando, com o passar do tempo e com o avolumar da crise, muitas casas, que ficaram na sua posse na sequência de incumprimentos com o crédito à habitação. Para Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), estes imóveis são de baixo valor e estão localizados em zonas com baixa procura.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem mais de 2.400 casas colocadas ou por colocar no mercado de arrendamento. Segundo fonte oficial do banco estatal, os imóveis estão em vários veículos financeiros. O banco disponibiliza no mercado entre 400 a 500 casas, dirigidas a famílias carenciadas e que têm rendas mais baixas que as praticadas no mercado.

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), revelou que as perspetivas para o setor para este ano são boas, adiantando que “em janeiro as transações aumentaram 30% face ao mês homólogo”.

A crise obrigou muitas pessoas a terem de entregar a casa ao banco, na sequência de incumprimentos com o crédito à habitação.

Os quatro maiores bancos portugueses – BES, BCP, Santander e CDG – conseguiram “desfazer-se”, no ano passado, de cerca de dez mil casas que tinham em carteira.

O Barclays passou a ter, no ano passado, mais casas na sua posse, na sequência de incumprimentos com o crédito à habitação.

Depois de terem descido bastante, as taxas Euribor, as mais usadas em Portugal para efeitos de crédito à habitação, estão a subir há cerca de um ano, o que faz com que a prestação da casa também acompanhe este aumento.

No primeiro semestre do ano passado, mais de 35 mil famílias espanholas perderam a casa – em 80% dos casos a residência habitual – por decisão judicial ou por acordos com os bancos credores.

Os leilões foram, nos últimos anos, uma excelente oportunidade para os bancos escoarem as casas que têm em stock, sobretudo as que ficaram na sua posse após incumprimentos no crédito à habitação.

Em 2013 cerca de 2.504 imóveis foram entregues aos bancos tanto por famílias, como por promotores imobiliários,  registando um decréscimo de 54,5% de casas entregues em dação em pagamento, face ao mesmo período de 2013, revelam os dados da APEMIP - Associação dos Profis

Segundo dados do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, em 2013 cerca de 2.504 imóveis foram entregues aos bancos tanto por famílias, como por promotores imobiliários,  registando um decréscimo de 54,5% de casas ent

Os bancos, seguradoras e sociedades gestoras de fundos de pensões e de investimento vão passar a ter de mudar de perito avaliador após duas avaliações sucessivas do mesmo imóvel.

O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) colocou em consulta pública, esta quinta-feira (dia 12), o documento que passa a exigir regras mais exigentes na avaliação de imóveis, por parte da banca e dos fundos.

A EuroEstates vendeu 99 casas em dois leilões realizados este fim de semana: 45 no leilão que decorreu em Lisboa (entre 52 imóveis em oferta) e 54 no que teve lugar no Porto (entre 55 que estavam para venda).

O Banco Popular (BP) vendeu a sua unidade imobiliária a dois fundos de investimento norte-americanos, o Värde Partners e Kennedy Wilson, por 800 milhões de euros.

Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), considerou que as avaliações impostas à banca – pela Troika e pelo Banco de Portugal – sobre o processo de reavaliação da carteira de imóveis detidos pelos bancos financeiros estão desfasadas da realidade.

Em setembro, o valor médio de avaliação bancária em Portugal, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, aumentou um euro por m2 (0,1%) face agosto, fixando-se em 1.014 euros por m2.

o número de imóveis entregues em dação em pagamento, nos primeiros nove meses do ano registou uma quebra de 58% face ao período homólogo.