Casas pequenas

Quantos m2 são necessários para viver? Os arquitetos parecem tentar responder a esta pergunta nos últimos anos com as suas próprias criações. Alguns especialistas consideram que se pode viver num espaço de 35 m2 e há quem vá mais longe e se empenhe em construir casas portáteis de 25 m2 que podem ser compradas na internet.

Ter uma casa de apenas 50 m2 não significa que seja pequena. Isso mesmo pode comprovar o arquiteto neozelandês Andrew Simpson, que num espaço com essa dimensão conseguiu construir uma engenhosa e espaçosa habitação de dois andares e com vistas espetaculares.

“A simplicidade é a máxima sofisticação”. A partir desta frase do génio Leonardo Da Vinci, os três membros da família Hall, de Massachusetts (EUA), decidiram mudar a vida e torná-la muito mais simples. A primeira opção que tomaram foi deixar a casa na qual viviam e construir com as próprias mãos uma “micro-casa” portátil de apenas 18 m2 que batizaram de “Tiny Hall House”. Levou seis meses a ser construída e custou menos de 30.000 dólares.

À medida que seguimos a tendência de diminuir o tamanho das casas assume começa a ser cada vez mais importante aproveitar cada centímetro do nosso lar. Alguns arquitetos e designers de interiores já fantasiam com as casas do futuro, tornando-as espaços modulares que se adaptam às necessidades dos ocupantes. Uma espécie de “Casas Transformer”, nas quais a casa de banho aparece atrás de uma estante com livros, a cama “está no teto e desce” e a televisão encontra-se escondida numa parede.

Talvez já tenhas ouvido falar, mesmo de passagem, no problema imobiliário que vive São Francisco. Silicon Valley e o “boom” das empresas tecnológicas que oferecem salários de muito avultados alimentaram durante anos a bolha imobiliária até pontos astronómicos que roçam o absurdo. Exemplo disso é esta casa que está à venda na Mission District, um dos bairros mais populares da cidade norte-americana: custa a módica quantia de 350.000 dólares (310.000 euros).

Se queres viver em Manhattan (Nova Iorque) mas não estás disposto a pagar um balúrdio por numa casa arrendada só tens uma solução: optar por um apartamento pequeno. Foi isso mesmo que fez Grayson Altenberg, um jovem cozinheiro que mora num imóvel com 9 m2 localizado na zona de Upper West Side.

O problema das dívidas dos universitários norte-americanos é bastante grave. Para conseguirem pagar o curso nas caríssimas faculdades, muitos estudantes pedem empréstimos ao banco, o que significa que depois de se licenciarem entram em falência – cerca de 71% dos alunos. Devem em média 30.000 dólares (27.000 euros) que pagarão com o ordenado obtido no início da carreira profissional.

O espaço não é o que mais importa numa casa? É verdade que para muitas pessoas viver em habitações pequenas é impossível, mas no mercado imobiliário norte-americano há imóveis únicos e pequenos à venda... Estas sete espetaculares casas tem menos de 50 m2 e estão sem dono.

Não é novo que a densidade populacional de Hong Kong é insustentável. O espaço está cotado a preço do ouro nos poucos mais de 1.000 km2 onde vivem 7,18 milhões de pessoas e as casas crescem de forma vertical, como em todas as grandes cidades asiáticas. Mas agora há uma nova moda: a venda de apartamentos de 16,7 metros quadrados (m2) por 516.000 dólares, cerca de 458.000 euros.

Há um provérbio inglês que diz “a minha casa é o meu castelo”. Talvez estas casas não sejam tão grandes como um castelo, mas pelo menos são únicas... Pequenas, mas exclusivas. Estas são as casas mais pequenas da Europa: há uma no Reino Unido que tem apenas 1,8 metros de comprimento e três metros de altura.

Viver em apenas 17 m2 com todas as comodidades possíveis. Esta é a base do projeto “Thousand Crowd”, da arquiteta canadiana Isabbella Mori, que investiu 39.000 dólares (35.854 euros) a preparar uma “mini-casa”, para que não lhe falte nada. Todos os centímetros foram aproveitados ao máximo e de forma engenhosa...

Salão, cozinha e um quarto com varanda frente ao mar, tudo isto num espaço equivalente a um lugar de garagem de um parque de estacionamento. Assim é a popularmente conhecida "small house" (casa pequena em inglês) de Aldeburg, no Reino Unido. Esta casa "estacionada" no passeio marítimo desta pequena localidade da costa este britânica é uma das casas habitadas mais pequenas do mundo.

Afetadas pela crise económica, pelos incumprimentos no pagamento da casa, pela necessidade de mudar de ares ou pelos desastres naturais, muitas pessoas optam por soluções criativas para não ficarem sem teto e ontinuarem a viver numa casa digno e, porque não, com algum charme.As “mini casas” são cada

não serão os únicos edifícios estreitos do mundo mas são, seguramente, alguns dos prédios mais "fininhos" que já foram construídos. o preço dos terrenos está caro e os investidores tentam tirar o maior partido dos seus investimentos, gastando o menos possível.

o edifício shek kip mei, o mais antigo prédio de habitação social de hong kong, tem 100 quartos, cada um de 10 m2, e foi construído na sequência de um incêndio devastador na década de 50 que deixou milhares de pessoas desalojadas.