Construção civil

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que o aumento do investimento estrangeiro no imobiliário português está a trazer resultados e é de louvar, mas considera que também a nível nacional é necessário haver mais incentivos aos investimento.

O índice de novas encomendas na construção aumentou 2,3% no segundo trimestre de 2014 face ao mesmo período do ano passado. Trata-se, no entanto, de uma forte desaceleração relativamente aos primeiros três meses do ano, quando se registou uma variação homóloga de 66%.

Portugal teve em junho a maior queda homóloga da Zona Euro na produção no setor da construção. Em causa está, segundo dados do Eurostat, um recuo de 10,3% face ao mesmo mês do ano passado. Uma quebra bem superior quando comparada com a média dos países da Zona Euro (2,3%).

Em abril, a produção na construção em Portugal caiu 9% face ao mesmo mês do ano passado. Trata-se da maior quede entre os países da União Europeia (UE). Segundo dados do Eurostat, registou-se, no entanto, um aumento de 4,5% face ao mês anterior (março), sendo esta a quarta maior subida entre os países da UE.

As câmaras municipais ainda devem 397 milhões de euros às construtoras. Segundo o mais recente inquérito aos prazos de recebimento nas obras públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), referente ao segundo semestre de 2013, houve uma redução dos valores e dos prazos após o Governo ter lançado, em 2012, o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).

Parece haver luz o fundo do túnel para o setor da construção. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de novas encomendas na construção aumentou 51,1% no primeiro trimestre de 2014 face ao mesmo período do ano passado.

O setor da construção foi um dos mais afetados pela crise, embora os responsáveis da área de atividade comecem a antever agora sinais de mudança. Mas os dados revelados esta segunda-feira pelo Eurostat não são animadores. Portugal foi, em março, o país da UE com a maior descida homóloga na produção na construção (13.8%). Face ao mês anterior, fevereiro, verificou-se uma queda de 3%.

Reis Campos, presidente da CPCI, mostra-se otimista quanto ao futuro do setor, que após 12 anos de crise parece estar a recuperar. “Nos últimos cinco anos foi a atividade mais penalizada. As empresas não tiveram outro remédio a não ser procurar no exterior a compensação da quebra brutal que tiveram, que atingiu os 44%. O setor perdeu 26 mil empresas e 255 mil trabalhadores e teve de apostar na internacionalização”, diz ao idealista News.

A 16ª edição da Tektónica - Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, que se realiza na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, de 6 a 10 de maio, surge renovada e envolta em espírito positivo este ano. Jorge Oliveira, diretor da feira, a maior do País no que ao setor da construção diz respeito, revela que são esperadas “mais de 350 empresas expositoras”, mais 10% face ao ano passado.

Este gráfico mostra a evolução do índice de produção na construção em Portugal nos últimos meses. Segundo o INE, em fevereiro, o índice registou uma variação homóloga negativa de 13,7%. Trata-se, no entanto, de uma ligeira melhoria face ao decréscimo homólogo de 14,4% verificado no primeiro mês do ano.

Apenas três dos projetos incluídos no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI) não serão adjudicados pelo atual Governo, já que, no cronograma que integra o documento, têm contratação prevista para depois das eleições legislativas, que decorrerão no outono de 2015.

Os dados do último boletim da execução orçamental indicam que as dívidas do Estado em atraso há mais de 90 dias rondam os 1,8 mil milhões de euros, sendo que só no caso da construção são 770 milhões, quase metade face à dívida de 1,3 mil milhões registada em junho de 2013. Dos 770 milhões, 397 correspondem a faturas por liquidar dos 308 municípios e 373 são da responsabilidade da administração regional e outras entidades públicas.

A Teixeira Duarte revelou que foi adjudicada a um consórcio, por si liderado, a obra de execução de instalações e equipamentos de exploração da autoestrada este-oeste, na Argélia. A empreitada vai render um encaixe de cerca de 121,7 milhões de euros. O consórcio em causa é liderado pela Teixeira Duarte, que detém 48% do agrupamento, pelos argelinos Etrhb Haddad (46%) e pela espanhola SICE (6%).

O setor da construção é um dos mais afetados pela crise. A quebra na produção desceu a um ritmo vertiginoso e muitas empresas faliram, “empurrando” muitas pessoas para o desemprego. Para 2014 as estimativas são, no entanto, mais otimistas, prevendo-se um recuo de 4,5%, face aos 15% de 2013. Para Ricardo Gomes, presidente da AECOPS, “este é um bom indicador de mudança”.

O setor da construção vai voltar a cair este ano, mas a queda será bem menor face à verificada no ano passado. Segundo as previsões da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), a produção na construção deverá cair 4,5% ao longo do ano, três vezes menos que a registada em 2013: 15%.

Foram adjudicadas à Somague obras num valor global de 378 milhões de euros em Angola, tendo a construtora portuguesa mais que triplicado a carteira de encomendas no país, que era de 172 milhões de euros.

O presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS), Ricardo Pedrosa Gomes, considera que a crise está a abrandar mas que ainda não deixou o País, antevendo uma nova quebra de produção para o setor durante este ano. Segundo o responsável, os bancos deixaram de apoiar as construtoras, sendo que o “crédito à construção caiu oito mil milhões” nos últimos quatro anos, desde 2010.

Em janeiro, e pelo segundo mês consecutivo, Portugal registou a maior descida homóloga da produção na construção nos países da União Europeia (UE). Segundo o Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da UE, a queda foi de 14%. No que diz respeito à produção na construção na UE e na Zona Euro, verificou-se uma subida de 7,3% e 8,8%, respetivamente, face a janeiro de 2013.

A crise na construção parece ter vindo para ficar. A comprová-lo estão os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo a entidade, no quarto trimestre do ano passado, “os edifícios concluídos registaram uma diminuição de 37,6% (-27,6% no 3º trimestre de 2013)” face ao período homólogo, “totalizando 4,4 mil edifícios”.

A construção é um dos setores mais afetados pela crise e, segundo dados do Banco de Portugal (BdP), o crédito malparado voltou a aumentar em janeiro, tendo atingido os 4,15 milhões de euros. Trata-se, ainda assim, do valor mais baixo desde abril do ano passado.

O custo da construção nova em Portugal continental subiu em janeiro deste ano, face ao mês anterior, mas tratou-se de um aumento inferior ao verificado no último mês do ano passado.

Este gráfico indica a evolução do índice de novas encomendas na construção nos últimos quatro anos (desde o quarto trimestre de 2009).

Após 12 anos seguidos de perda de produção na construção, a rondar os 58%, começa a ser possível perspetivar um futuro mais risonho para o setor.