
As câmaras municipais ainda devem 397 milhões de euros às construtoras. Segundo o mais recente inquérito aos prazos de recebimento nas obras públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), referente ao segundo semestre de 2013, houve uma redução dos valores e dos prazos após o Governo ter lançado, em 2012, o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Ainda assim, continuam por pagar 397 milhões de euros e o prazo médio de liquidação de faturas é de 140 dias.
Reis Campos, presidente da AICCOPN – e também da Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário (CPCI) –, confirmou que este é o prazo mais baixo (140 dias) desde que a associação faz este inquérito, que remonta a 2004, mas adiantou que o mesmo continua a ser muito elevado. “[Mantém-se] quase três meses acima do limite legal (60 dias)”.
Segundo o responsável, três quartos das autarquias passaram a estar classificadas no escalão inferior, ou seja, liquidam as suas dívidas num prazo inferior a três meses. Por outro lado, em 9,6% dos municípios, “os atrasos nos pagamentos assumem uma dimensão intolerável”: ultrapassam os nove meses, o que resulta “da incapacidade do Estado em lidar com as situações mais complexas do ponto de vista financeiro”, explicou Reis Campos.
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