Empréstimo bancário

a crise está a obrigar muitas famílias a ter de entregar a casa ao banco, na sequência de incumprimentos ou da impossibilidade de cumprir com o crédito à habitação. mas, ainda assim, há menos agregados a ter de tomar esta opção.

o gráfico em cima indica a prestação média no crédito à habitação por período de celebração de contratos.

pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa é cada vez mais complicado, já que a banca está a dificultar o acesso ao crédito à habitação.

boas notícias para quem pediu dinheiro emprestado ao banco para comprar casa, sobretudo em tempos de crise. isto porque os portugueses que revejam a taxa de juro do respectivo crédito à habitação em maio vão ver a prestação da casa baixar.

as taxas de juros que os bancos estão a pedir nos novos empréstimos para a compra de casa caíram ligeiramente em janeiro para 3,28%, face aos 3,39% verificados no mês anterior.

a prestação da casa, que está nos níveis mais baixo de que há registo – quem tem crédito à habitação indexado à taxa euribor a três meses beneficiou de revisões em baixa nas últimas cinco sessões –, vai aumentar ligeiramente em março.

os bancos têm até terça-feira (dia 15) para fazer o primeiro reporte ao banco de portugal (bdp) sobre o regime extraordinário de crédito à habitação, uma legislação que entrou em vigor a 10 de novembro do ano passado.

os portugueses continuam a preferir comprar casa em vez de arrendar, mas a verdade é que está cada vez mais difícil ter casa própria, sobretudo devido ao facto de os bancos estarem a cortar na concessão de crédito à habitação.

a banca fechou quase por completo a torneira ao crédito à habitação este ano, pelo que a opção de comprar casa só parece viável com dinheiro na mão. esta é, aliás, uma tendência que se arraste já desde 2011.

a maioria parlamentar (psd e cds) recuou nas medidas para ajudar as famílias com dificuldades no crédito à habitação. em causa está o facto de os partidos terem decidido que a entrega da casa ao banco já não é suficiente para liquidar todas as dúvidas, sendo essa a última das opções possíveis.

o banco santander totta lançou há pouco tempo um programa de renegociação das condições do crédito à habitação para famílias que sentem dificuldades para pagar a prestação da casa e, em apenas 20 dias, resolveu a situação de três mil clientes.

numa altura em que é cada vez mais difícil e caro obter um crédito à habitação, as instituições financeiras estão a facilitar cada vez mais as condições de financiamento no caso dos imóveis que estão nos seus balanços.

pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa é cada vez mais complicado, porque os bancos estão a fechar a torneira ao crédito à habitação. uma tendência que se vem acentuando há algum tempo, sobretudo desde 2008.

a prestação da casa tem vindo a baixar todos os meses, dada a forte queda das taxas de juro no mercado. uma tendência que se deve manter.

a taxa de juro implícita para o conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 2,372% em maio, menos 0,137 pontos percentuais face a abril. segundo dados do instituto nacional de estatística (ine), a queda dos juros reflecte a descida das taxas euribor.

à semelhança do que sucede em portugal, também na europa se discutem questões relacionadas com o crédito à habitação, visto que há cada vez mais pessoas a sentir dificuldade para cumprir pagar a prestação da casa ao banco.

os deputados discutem esta sexta-feira na assembleia da república as novas regras do crédito à habitação, sendo que os cinco maiores partidos estão em consenso relativamente à necessidade de se proceder o mais rapidamente possível à alteração das actuais normas.

os novos contratos de crédito à habitação, realizados em janeiro, sofreram o maior aumento mensal de sempre desde que há registos, janeiro de 2003.

a taxa de juro média nos novos contratos de crédito à habitação não pára de subir, tendo atingido em fevereiro o valor mais alto desde 2008: 5,71%.

no ano passado, a banca penhorou 19 casas por dia por falta de pagamento das famílias e promotoras imobiliárias.

a prestação da casa vai sofrer, em fevereiro, a maior queda em dois anos e meio. uma tendência, de resto, que tende a manter-se até ao final do ano.

as taxas euribor, que servem de referência ao crédito à habitação, têm vindo a descer, tendo começado a cair no último trimestre do ano passado, na sequência dos dois cortes nas taxas de juro realizadas pelo banco central europeu – passou de 1,5 para 1,25% e, em dezembro, para um ponto percentual.

os bancos nacionais foram os que mais subiram no último ano os "spreads", as comissões e os seguros face à média da banca europeia.

os "spreads" não param de subir e já chegam quase aos 6%, como no caso do bbva, revela o jornal de negócios.