Comentários: 0
prestação da casa em mínimos históricos – resumo 2012

a banca fechou quase por completo a torneira ao crédito à habitação este ano, pelo que a opção de comprar casa só parece viável com dinheiro na mão. esta é, aliás, uma tendência que se arraste já desde 2011. mas se quem pretende pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa está em “maus lençóis”, quem já viu ser-lhe concedido financiamento está “nas nuvens”, já que a prestação desceu para níveis históricos este ano, por causa das constantes descidas das taxas euribor. pelo meio, a banca aprovou novas regras para ajudar as famílias com mais dificuldades a reestruturar o crédito

o ano de 2012 ficou marcado pelas contantes quedas das taxas euribor, também impulsionadas pela descida, em julho, da taxa de juro de referência de 1% para 0,75%. a decisão do banco central europeu veio influenciar, e de que maneira, a queda das euribor, que dia após dia iam descendo para níveis históricos em todos os prazos, o que fez com que a prestação da casa baixasse bastante

estávamos em julho e já se antevia que iria ser essa a tendência, com muitas famílias a suspirarem de alívio com a queda da mensalidade a pagar ao banco. já este mês, por exemplo, a prestação voltou a cair para o valor mais baixo de sempre. não é de admirar, então, que o valor pago mensalmente ao banco pelo empréstimo concedido para a casa tenha diminuído mais de 100 euros apenas no espaço de um ano

mas nem tudo são boas notícias, pelo contrário. apesar da prestação da casa estar a baixar a olhos vistos há cada vez mais famílias com dificuldades para cumprir com as despesas da habitação. a crise, o desemprego e as medidas de austeridade empurraram muitas famílias para situações de carência financeira. para minimizar esses danos, o governo aprovou um conjunto de novas regras no crédito à habitação. o objectivo é introduzir um regime extraordinário para as famílias em dificuldades, que só estará disponível até 2015. só em casos muito especiais se pode aceder a este mecanismo: quando um dos mutuários estiver desempregado ou ter tido uma perda igual ou superior a 35% do rendimento anual bruto; se a taxa de esforço do agregado aumentar para valor igual ou superior a 45% (com dependentes) ou 50% (sem dependentes)

outra das medidas aprovadas pelo executivo diz respeito ao aumento dos “spreads” (margens de lucro), com a banca a ficar proibida de fazê-lo no caso de famílias que queiram arrendar a casa ou cujo empréstimo seja renegociado por causa de divórcio

já em dezembro, a deco veio a público aconselhar as famílias a “porem um travão” na contratação de créditos para habitação, já que além dos “spreads” estarem muito elevados as taxas euribor, que por agora andam em mínimos históricos, vão também aumentar no futuro

a confirmar esta ideia, está o facto de o “spread” médio cobrado pelas bancos na concessão de crédito à habitação ter mais que duplicado no espaço de um ano. se em janeiro do ano passado a média era de 1,6%, no mesmo mês deste ano subiu para 3,3%

notícias relacionadas:

lei das rendas entra (finalmente) em vigor – resumo 2012    

imi aumenta, imóveis de luxo pagam mais e imt acaba  – resumo 2012    

construção: crise, desemprego e falências – resumo 2012

há mais casas vazias e sobrelotadas no país – resumo 2012

leilões de casas ganham força – resumo 2012

vender a casa é cada vez mais difícil – resumo 2012    

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta