Radiografia do dia

No terceiro trimestre de 2022, a proporção das trabalhadoras a tempo parcial no total de mulheres empregadas dos 15 aos 64 anos era muito superior (28%) à dos homens (8%), segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala esta quarta-feira (8 de março).

A disparidade de género na União Europeia (UE), relativamente ao rendimento líquido médio, foi de cerca de 5% durante a última década. Em 2021, em termos absolutos, o valor médio para os homens foi de 18.774 euros, bem superior – quase 800 euros a mais – ao das mulheres (17.972 euros). 

As famílias portuguesas estão a endividar-se mais, devido ao aumento galopante da taxa de inflação, que está a ter impacto direto no poder de compra das pessoas. Os dados mais recentes Banco de Portugal (BdP) mostram isso mesmo: a dívida das famílias teve uma subida homóloga de 3,6% em dezembro do ano passado, sendo este o maior crescimento anual desde 2008.

A inflação abrandou em março, pelo quinto mês consecutivo.

A taxa de inflação homóloga da Zona Euro abrandou para 8,5% em fevereiro, face aos 8,6% do mês anterior, com a componente da alimentação a registar a maior subida de preços (15%), segundo uma estimativa rápida divulgada pelo Eurostat esta quinta-feira (2 de março de 2023). Em Portugal, a taxa de inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) manteve-se estável, nos 8,6%, de janeiro para fevereiro.

A taxa de desemprego subiu para 7,1% em janeiro, o valor mais elevado desde novembro de 2020 (7,3%), em plena pandemia da Covid-19. Trata-se de um valor bem superior quando comparado com o verificado no mês anterior (6,8%) e no período homólogo (5,9%). Em causa estão dados provisórios divulgados esta quarta-feira (1 de março de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, a taxa mais elevada desde 1987. Na variação trimestral, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, no quarto trimestre do ano passado, 3,2% em termos homólogos. Em causa estão dados divulgados esta terça-feira (28 de fevereiro de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico voltaram a aumentar em fevereiro, tendo a confiança subido na indústria transformadora, comércio e serviços e recuado na construção e obras públicas. Em causa estão dados divulgados esta segunda-feira (27 de fevereiro de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este mapa mostra que na grande maioria das regiões da União Europeia (UE) as pessoas consideram que a qualidade de vida é boa, o que acontece sobretudo, em mais de 80% ou até 90%, em países como Finlândia, Suúcia, Irlanda, Dinamarca, Luxemburgo e Áustria. No caso de Portugal, a percentagem desce um pouco, encontrando-se entre os 70% e 80%.   

A idade média da população em Portugal fixou-se em 2022 nos 46,8 anos, a segunda mais elevada entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), tendo sido a que mais aumentou nos últimos 10 anos (4,7 anos desde 2012), segundo dados revelados recentemente pelo Eurostat.

Com a ajuda dos dados obtidos através do satélite Copernicus foi elaborado um mapa onde são detetadas as maiores áreas populacionais da Europa, bem como as zonas de maior construção em todo o continente. Destaca-se o vazio a norte dos países nórdicos, enquanto cresce em torno das capitais: Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia) ou Helsínquia (Finlândia). A situação muda completamente de figura na França, na Alemanha e no norte da Itália. Já em Portugal e Espanha a construção ganha força nas zonas do litoral, junto à costa.

Em 2021, o Algarve foi a segunda região da Europa com maior perda de riqueza face a 2019, ou seja, face ao período pré-pandemia. Apenas as ilhas Baleares, de Espanha, tiveram uma maior queda no PIB real durante os dois períodos em análise. Esta é uma das conclusões a retirar dos dados divulgados esta segunda-feira (20 de fevereiro), pelo Eurostat. Os mesmos indicam que a maior parte do território português tem um PIB per capita inferior a 75% da média europeia.

Em quase todos os países da União Europeia (UE) a maioria das pessoas trabalha por conta de outrem, ou seja, para outras pessoas ou para uma empresa. A maioria das pessoas prefere a estabilidade de um emprego nestas condições ou simplesmente não tem a oportunidade de abrir seu próprio negócio. Fazer isso requer, entre outras coisas, coragem, talento e muitas vezes algum dinheiro que possa servir como investimento.

Quase metade (48%) dos portugueses teme perder o emprego, sendo este o segundo valor mais elevado entre os países europeus – Portugal é apenas destronado por Espanha (56%). Trata-se de um valor 11% superior ao da média dos países que integram o estudo (37%), realizado pela Randstad. 

Que países reúnem as melhores condições para gozar da melhor forma possível a merecida reforma, depois de anos e anos a trabalhar? O top oito é liderado por Portugal, com uma pontuação de 87,4, numa escala de 0 a 100. México e Panamá ocupam, por esta ordem, o segundo e terceiro lugares do pódio. Em causa está um ranking realizado todos os anos pelo portal International Living.

A Comissão Europeia (CE) reviu em ligeira baixa a previsão de inflação para Portugal este ano, para 5,4%, acreditando que o pico foi atingido no último trimestre do ano passado. Continua, no entanto, mais pessimista que o Governo, que no relatório do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) prevê uma taxa de 4% este ano. Relativamente ao crescimento da economia portuguesa, Bruxelas antecipou uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1% este ano, após uma expansão de 6,7% em 2022.

A elevada taxa de inflação que se faz sentir em Portugal (8,4% em janeiro) está a deixar marcas na economia e, claro, no orçamento das famílias, que estão a ver o respetivo poder de compra ser esmagado. Em 2022, aquilo que os portugueses conseguiram, em média, comprar com os seus salários caiu praticamente tudo o que tinha aumentado nos três anos anteriores. É preciso recuar até 2018 para encontrar um poder de compra mais baixo. 

A taxa de desemprego fixou-se em 6%, em 2022, uma descida de 0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior, segundo dados provisórios divulgados esta quarta-feira (8 de fevereiro de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos trimestrais, a taxa de desemprego subiu 0,2% num ano, no quarto trimestre de 2022 face ao período homólogo.  

A economia da Zona do Euro cresceu no último trimestre de 2022, apesar das previsões dos economistas de desaceleração, alimentando as esperanças de que a região evitará uma recessão. Um clima mais favorável com ajudas públicas amorteceu o impacto da subida dos preços da energia, ajudando a economia a crescer 0,1% entre o terceiro e o quarto trimestres, segundo dados oficiais divulgados pelo Eurostat.

O longo declínio da democracia global chegou ao fim em 2022, de acordo com a última edição do Democracy Index, realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU), que pertence ao The Economist. O estudo anual classifica o estado da democracia em 167 países com base em cinco categorias com pontuação máxima de dez: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política democrática e liberdades civis. Segundo a última edição, quase metade (45,3%) da população mundial vive em alguma forma de democracia, enquanto mais de um terço (36,9%) vive sob um regime autoritário. 

A taxa de inflação na Zona Euro atingiu 9,2% em dezembro de 2022, tendo recuado face ao pico registado dois meses antes (10,6%). O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir, esta quinta-feira (2 de fevereiro de 2023), a taxa de juro diretora em 50 pontos base, precisamente com o objetivo de fazer baixar a taxa de inflação até 2%. Esse é um objetivo, no entanto, que só deverá ser alcançado dentro de alguns anos, o final de 2025, segundo as estimativas dos analistas sondados pela entidade liderada por Christine Lagarde.

Este mapa mostra uma imagem interessante, visto que permite perceber qual é o retrato que os europeus fazem sobre a sua própria saúde. Uma espécie de autoavaliação, sendo que não é, na prática, o estado real da sua saúde. Os portugueses são, como se pode constatar na imagem, dos que têm uma autoperceção da saúde mais baixa (50,2%), encontrando-se apenas atrás de Letónia (49,8%) e Lituânia (47,9%). 

O Índice de Competitividade Fiscal para 2022 é liderado pela Estónia, com Letónia e Nova Zelândia a completarem o pódio, ocupando o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Portugal está no final da tabela, encontrando-se no 36º lugar num total de 38 países – apenas à frente de França e Itália. Trata-se de um recuo face à classificação conseguida em 2021, tendo Portugal ficado na 34ª posição.