
As famílias portuguesas estão a endividar-se mais, devido ao aumento galopante da taxa de inflação, que está a ter impacto direto no poder de compra das pessoas. Os dados mais recentes Banco de Portugal (BdP) mostram isso mesmo: a dívida das famílias teve uma subida homóloga de 3,6% em dezembro do ano passado, sendo este o maior crescimento anual desde 2008.
“O endividamento dos particulares aumentou 3,6% entre o final de 2021 e o final de 2022, crescimento superior ao verificado no ano anterior (3,3%)”, lê-se no boletim do BdP.
Trata-se, ainda assim, do terceiro mês consecutivo de quebras homólogas, tendo a subida em dezembro de 2022 (3,56%) sido a mais baixa desde fevereiro do mesmo ano (3,78%).
Segundo o regulador bancário, em 2022, o “endividamento dos particulares cresceu 4,8 mil milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro (4,0 mil milhões de euros)”.
De referir, ainda, que o endividamento dos particulares, onde entram também as instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias, fechou o ano de 2022 a valer mais de 151 mil milhões de euros.
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