Reciclagem

Quando estiveres em casa, dá uma olhadela ao teu redor. Muitas das coisas que utilizas têm plástico. Outras, microplásticos. Umas e outras têm uma quantidade de material que nunca poderias imaginar.

Todos os dias chegam toneladas de plástico aos oceanos. Mas há quem tenha decidido remar contra esta maré. Em Roterdão, este material tem sido reciclado para dar lugar a algo inesperado: um parque urbano flutuante  E já há imagens dos primeiros protótipos. Curioso?

A construção sustentável apresenta-se, cada vez mais, como medida de combate às alterações climáticas. A verdade é que a habitação e a arquitetura, em geral, são agentes-chave para a proteção do ambiente. Decidimos mostrar-te alguns exemplos de edifícios com fachadas construídas a partir de materiais reciclados. Curioso?

Hoje celebra-se o Dia Internacional da Reciclagem. A data ideal para falarmos sobre a importância de tratar corretamente o lixo e cuidar do (precioso) ambiente. Separar os nossos resíduos é fundamental, até porque há outras formas de dar uma nova vida aos objetos que descartamos no nosso dia a dia. E porque não utilizar esses materiais para criar os teus próprios móveis?

Construir arranha-céus futuristas que conquistem as nuvens e utilizar tecnologia de ponta na construção. Estas já não são as únicas preocupações dos arquitetos. As casas são cada vez mais pensadas para respeitar o meio ambiente, de tal forma que a arquitetura também pode e deve estar ao serviço daqueles que têm menos recursos.

Tudo começou como um mero hobby... e acabou numa verdadeira atração turística. A “The Beer Can House”, localizada em Houston (EUA), entra para a história graças ao seu “design sustentável”. Esta casa museu, localizada na 222 Malone Street, foi totalmente decorada com cerca de 50.000 latas de cerveja. Um verdadeiro brinde... à reciclagem.

Para os mais céticos, que pensam que transformar um antigo contentor marítimo numa residência ou num escritório não faz qualquer sentido, a realidade por ser dura. Estes dez exemplos que te mostramos comprovam precisamente o contrário, ou seja, que reciclar estes “velhos” contentores pode ser uma ideia brilhante. Ora vê:

Thomas Dambo trabalha tornando reais os sonhos de qualquer criança: constrói gigantes com madeira reciclada. Este artista urbano dinamarquês propôs-se a encher o mundo com as suas criativas estátuas. A sua última obra é uma espetacular caça ao tesouro pensada e projetada para crianças numa floresta perto de Copenhaga. As pistas do precioso tesouro estão guardadas em seis fantásticos gigantes construídos com a madeira de 600 paletes.

A sociedade avança sem pedir licença, mas em certas coisas parece que o ser humano parou no tempo. Para a reciclagem de alguns produtos ainda não foi encontrada tecnologia adequada. Por isso mesmo, é possível encontrar espalhados pelo mundo cemitérios de vários objetos, como cabines telefónicas, aviões, barcos e âncoras – neste último caso em Portugal. Ora vê.

Dar uso aos grandes contentores marítimos continua a ser uma “moda” muito utilizada no setor da construção. Trata-se de um conceito que pode ter múltiplas aplicações. Hoje apresentamos-te um hostel em Nha Trang, no Vietname, que “nasceu” após a reciclagem de três antigos contentores. O Ccasa Hostel Tem dez quartos e não deixa ninguém indiferente...

Todas as quintas-feiras apresentamos uma casa de sonho. Esta semana viajamos até Taiwan para conhecer uma antiga base militar da II Guerra Mundial que foi transformada numa curiosa casa “retro-chique” pela empresa HAO Design. Trata-se de uma iniciativa que visa recuperar para o mercado residencial os antigos – e abandonados – edifícios militares da era do domínio japonês.

O Cohousing surgiu na década de 1970 na Dinamarca e caracteriza-se por ser uma alternativa ao modelo de habitar tradicional. Uma nova forma de viver que nasceu porque um grupo de famílias ansiava por uma vizinhança que oferecesse um verdadeiro senso de comunidade inexistente em subúrbios ou em apartamentos.

Quando não estamos demasiado contentes com o tamanho da nossa casa costumamos dizer que vivemos “numa caixa de sapatos”. Na verdade, graças ao trabalho do estúdio de design, arquitetura e engenharia holandês Fiction Factory, este ditado podia deixar de ser pejorativo. E mais: viver entre quatro paredes de cartão pode até ser muito melhor (e mais ecológico) do que imaginas graças à Wikkelhouse.

Ao abrir uma arrecadação fechada há anos deparamo-nos com um monte de lixo e ao mesmo tempo com muitas recordações. Esta decisão oferece um mundo de oportunidades para alterar a decoração da casa. Aplicar o já famoso “faça você mesmo” a móveis ou objetos antigos pode ser a fórmula perfeita para dar um toque “vintage” à casa, sem ser necessário recorrer a peças raras de antiguidade. Basta um pouco de imaginação, uma lixa e verniz...

Dezenas de contentores vazios e empilhados é uma das imagens típicas dos portos. Um cenário que pode, no entanto, mudar radicalmente. Basta, para tal, ter um pouco de imaginação e por mãos à obra, de forma a dar nova vida a estes gigantes metálicos. A construção modular é uma das alternativas para os contentores marítimos desocupados.

“Waterworld” chegou a ser o filme mais caro da história, tendo custado qualquer coisa como 183 milhões de euros. As filmagens, que tem como protagonista Kevin Costner, foram “um inferno”: a cidade flutuante que aparece ao início era um faraónico “cenário” com cerca de mil toneladas que teve de ser reconstruído várias vezes, o que fez disparar o orçamento inicial.

O que para muitos é simplesmente lixo, para outros pode ser a pedra angular de uma casa. E não, não estamos a falar de uma barraca... Numa época em que se valoriza bastante o uso de materiais reciclados, alguns arquitetos apostam forte na criação de casas espetaculares usando apenas produtos que podem ser encontrados todos os dias em caixotes do lixo. Este é o resultado:

A reciclagem está na moda. Uma das poucas coisas que talvez tenhamos aprendido com a crise económica foi que quase todos os objetos podem ter uma segunda vida, mesmo aqueles que achamos que não têm uso ou que podem ir para o lixo.