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Turismo de Portugal deixa o aviso: "É a altura certa para investir no país"
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Aproveitar o “boom” do turismo para dinamizar o setor turístico e imobiliário. Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal (TP), quer tirar partido do bom momento que se vive no país para passar a mensagem de que vale a pena investir em Portugal. “Estamos muito bem encaminhados”, adiantou, salientando que é preciso “continuar a valorizar o produto” que existe, até porque este “é o momento certo para investir em Portugal”.

Segundo o responsável, que falava durante um almoço-conferência realizado quarta-feira (dia 10) em Lisboa e organizado pela Vida Imobiliária, um dos objetivos do TP passa por duplicar as receitas nos próximos dez anos, ou seja, passar dos atuais 12,7 mil milhões de euros para 26 mil milhões de euros. A verdade é que para 2017 as metas – constam no documento Estratégia Turismo 2017 – são ambiciosas. Além de duplicar as receitas, o TP quer que aumente o número de dormidas, passando de 53 milhões para 80 milhões dentro de dez anos, contou Luís Araújo.

Para tal, há cinco eixos estratégicos a ter em conta. São elas valorizar o território, impulsionar a economia, potenciar o conhecimento, gerar redes e conetividade e projetar Portugal.

O presidente do TP, que falava perante uma plateia repleta de intervenientes de vários segmentos do setor, apresentou durante a sua apresentação alguns dados interessantes. Contou, por exemplo, que 75% dos alojamentos turísticos estão online (dados 2014), havendo uma margem a ganhar neste campo. Por outro lado, revelou que 90% das reservas feitas são relativas a alojamentos que se encontram no litoral do país, ou seja, há que potenciar as regiões do interior.

Alojamento Local existe porque há procura

Na ordem do dia está o Alojamento Local (AL), que terá novas regras em breve – os proprietários que queiram registar casas em plataformas como o Airbnb serão obrigados a preencher um campo onde terão de inserir o número de registo do seu AL. Luís Araújo referiu que aumentou a oferta de camas no AL, passou de 41.000 em 2005 para 165.000 atualmente, e que este “representa um terço da oferta de alojamento em Portugal”.

Mais tarde, o responsável referiu que o “AL existe porque é uma resposta à procura”. Sobre o combate à ilegalidade, afirmou que está a haver avanços: “Acreditamos que esta última alteração é um passo forte [nesse sentido]. Muitos proprietários perceberam que estão ilegais e não sabiam. Estamos a receber muitos contactos de pessoas a perguntar o que têm de fazer para se legalizarem”.

Uma campanha ousada para promover o país

Sobre a campanha digital de promoção turística internacional lançada terça-feira (dia 9) em 22 países, com o tema “Can’t Skip Portugal” (“É impossível escapar a Portugal”) – em dois anos serão gastos entre 17 e 20 milhões de euros para colocar os quatro vídeos em causa nas redes sociais em vários países –, Luís Araújo disse que era “a campanha que tinha que ser feita neste momento”.

De acordo com o responsável, o que se pretendeu mostrar através desta nova campanha “é que Portugal não é um país apenas para visitar”, sendo também “um país onde se pode ter a melhor experiência de férias e a melhor experiência de investimento”. “É uma campanha que mostra um país diferente, que mostra um país pelos olhos de terceiros. Mas o mais interessante é que mostra um país que vai direto ao consumidor final”, referiu.

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