Os principais riscos para a estabilidade dos bancos portugueses são a sua exposição “significativa” ao setor imobiliário e a Angola, revelou o Banco de Portugal (BdP) no seu Relatório de Estabilidade Financeira (REF).
De acordo com a Lusa, que se apoia no documento, em 2014, o sistema financeiro português desenvolveu-se “num quadro de recuperação de atividade económica e de correção dos desequilíbrios macroeconómicos”, mas ainda existem riscos para a estabilidade financeira, entre os quais a “concentração significativa em determinadas classes de ativos”.
O BdP identifica, então, três classes de ativos: o setor imobiliário, a exposição dos bancos à dívida soberana – aumentou de 2013 para 2014 – e a exposição das instituições financeiras “a países produtores de petróleo afetados pela descida do preço”, como Angola.
O REF refere que existe “uma elevada exposição das instituições de crédito ao setor imobiliário” e que reduções do valor dos ativos “vulnerabilizam o balanço das instituições financeiras”. E aponta as linhas críticas: “Deterioração de imóveis, participação em fundos de investimento imobiliário e fundos de reestruturação, crédito concedido a setores relacionados com atividades de construção e imobiliário e garantias imobiliárias associadas ao crédito”.
Nesse sentido, o regulador aconselha a que “se proceda ao adequado registo do valor destas exposições” e se promovam esforços para “reduzir gradualmente as exposições ao setor”, aproveitando a recuperação do mercado imobiliário.
Relativamente a Angola e países afetados pela queda do preço do petróleo, o REF indica que, “apesar do impacto positivo no crescimento económico em Portugal”, ainda existe “uma exposição indireta do setor financeiro residente às empresas portuguesas com relações comerciais ou de investimento direto em Angola”,
Imóveis dos bancos para venda avaliados em 8.000 milhões de euros
No final de 2014, a banca tinha em carteira para venda ativos imobiliários no valor de cerca de 8.000 milhões de euros, bem mais que os cerca de 800 milhões de euros verificados no final de 2007. Estes ativos correspondiam a 1,9% do ativo total no final de 2014 (0,2% em 2007).
Casas de bancos: mais de 20 mil imóveis à venda nos portais das principais instituições
São imóveis herdados de clientes não cumpridores do crédito à habitação ou de falências de empresas, por exemplo, e estão agora à venda nos portais dos grandes bancos a operar em Portugal. No total, há mais de 20 mil imóveis deste tipo, muitas vezes com melhores de condições de venda e financiamento.
Banco Central da Rússia baixa a taxa de juro diretora para 17%
O Banco Central da Rússia decidiu esta sexta-feira (12 de setembro de 2025) reduzir as taxas de juro diretoras, para 17%, o terceiro corte da taxa de referência desde o máximo de 21% atingido entre outubro de 2024 e junho de 2025.
Santander Totta vende carteira de crédito em situação regular
A gestora de ativos espanhola Alantra assessorou o banco Santander Totta na venda de uma carteira de crédito em situação regular com um saldo devedor total de aproximadamente 75 milhões de euros.
Crédito malparado: clientes podem retomar o crédito após venda do banco
As novas regras que regulam as vendas de crédito malparado pelos bancos a empresas terceiras, publicadas no Diário da República no dia 11 de setembro de 2025, permitem que o cliente possa regularizar a dívida e retomar o crédito mesmo depois deste ter sido vendido.
Crédito habitação continua atraente com Euribor a estabilizar em 2%
Ao contrário do que antevia no início do verão, tudo indica que as taxas Euribor deverão permanecer estáveis, em torno de 2%, nos próximos meses. Isto quer dizer que, no curto prazo, não são esperadas grandes alterações quer nas prestações da casa nos novos créditos habitação, quer nas ofertas dos empréstimos na banca, que estão hoje bem atrativas.
Bancos veem intermediários de crédito como parceiros e não concorrentes
Os principais bancos portugueses encaram os intermediários de crédito habitação como parceiros para captarem clientes e não como concorrentes, segundo afirmaram esta quarta-feira (10 de setembro de 2025) os administradores do BPI, CGD, Novo Banco, BCP e Santander.
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