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Crédito à habitação: banca agora só quer dar empréstimos com Euribor a 12 meses
idealista/news

Vais pedir um empréstimo à banca para comprar casa? Então fica a saber que uma nova realidade está a chegar ao mercado de crédito à habitação nacional, devido à onda de juros negativos. Para compensar a perda de receitas com os contratos antigos (a Euribor a três meses está abaixo de zero desde abril e a taxa a seis meses ficou no vermelho em novembro e os bancos têm de compensar os clientes) as instituições financeiras agora só querem dar financiamento com base em Euribor a 12 meses. No final de 2015 Portugal perto de 65% dos empréstimos à habitação tinham como indexante a taxa a seis meses e outra fatia próxima de 30% estava nos três meses.

Ao mesmo tempo, e em sentido contrário às Euribor, os spreads (margem de lucro) cobrados pelos bancos no crédito à habitação não param de aumentar, chegando já a atingir um máximo de 5,8%.

O Dinheiro Vivo escreve que nos preçários da CGD, BCP, BPI, Santander Totta, Novo Banco, Montepio, Barclays (adquirido pelo Bankinter), Banco Popular e Crédito Agrícola já só há valores para empréstimos indexados à Euribor a 12 meses. Apenas o BCP e o Montepio ainda disponibilizam crédito à habitação indexado à taxa Euribor a seis meses. 

“Nos novos contratos de crédito comercializados pela banca, temos assistido a uma utilização dos prazos mais longos da Euribor, sendo o prazo de 12 meses o mais utilizado atualmente”, confirma Nuno Rico, economista da Deco, citado pelo meio.

No futuro, o peso dos contratos que utilizam a Euribor 12 meses como indexante irá aumentar mais”. A 30 de março do ano passado, o Banco de Portugal obrigou os bancos a repercutir as taxas de juro negativas das Euribor nos créditos à habitação em curso.

Nos novos contratos, “muitos bancos já estão a incluir uma cláusula em que, caso a Euribor atinja valores negativos, a taxa a aplicar ao contrato não poderá ser inferior ao spread contratado, cabendo ao cliente a aceitar ou não”, acrescenta.

Spreads mais elevados

Nos preçários atualmente em vigor nas nove instituições, tal como noticia o Dinheiro Vivo, a média dos spreads mínimos é já de 1,87%; o juro máximo atinge, em média, 4,48%.

No Montepio, os spreads começam em 2,3%,o mais elevado das nove instituições.

Mas é o Novo Banco, o banco que herdou os ativos não tóxicos do BES, que tem o juro máximo mais elevado – já chega a 5,8%.

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