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A oferta de crédito à habitação para os jovens mudou bastante em Portugal, com o desaparecimento de produtos orientados para os compradores de casas mais novos, desde que a crise rebentou e a troika se instalou no país. A banca em geral, que está mais aversa ao risco, ainda assim diz ter condições mais vantajosas nos empréstimos à habitação em função da idade, mas na verdade há somente um banco com um produto específico. Sabes qual é?

“No mercado nacional, apenas o Crédito Agrícola tem um produto específico de crédito à habitação para jovens até 31 anos e que se caracteriza essencialmente pela redução dos spreads aplicados em 0,1% e a possibilidade de financiamento até 100% do valor da habitação”, declara Nuno Rico da Deco, citado pelo Dinheiro Vivo.

Ofertas dos bancos para jovens

Mas existem outros bancos comerciais a operar em Portugal com algumas vantagens no crédito à habitação em função da idade e que facilitam os primeiros anos de pagamento do crédito.

A CGD, tal como conta o jornal, anuncia o “tríplex, tripla vantagem para jovens” que dá três anos de carência, ou seja, de não pagamento do crédito e reserva 30% do capital para o final do contrato. Além disso, em função de algumas titularidades de contas, permite uma redução dos encargos com registos e notariado.

E o Montepio oferece um pacote muito semelhante ao da Caixa com três anos de carência, enquanto no Santander Totta, indica o DV, as ofertas passam por uma benesse de 0,2% no spread durante os primeiros cinco anos de empréstimo ou ao longo da vida do crédito para descendentes de clientes do banco.

Já no BiG, os jovens entre 18 e 34 anos podem beneficiar de uma redução de 50% da comissão de processo; e no Millennium BCP há bonificações para clientes prestige até 33 anos com um vencimento mais elevado – 1500 euros/mês.

As dificuldades dos compradores mais novos

O especialista da Deco Alerta: “Não recomendamos carências de capital nem valores residuais porque encarecem o crédito”, alerta Nuno Rico. 

Ao movimento Precários Inflexíveis têm chegado relatos de muitos jovens com dificuldades em adquirir casa, devido às crescentes exigências impostas pelos bancos. Em muitos casos, só a conta bancária dos pais e a longa relação com a instituição financeira permitem a aprovação do crédito.

“Com contratos de trabalho cada vez mais precários, em alguns casos ao dia, como há em Portugal, como é que se dá uma garantia ao banco…?”, diz Sara Simões, citada pelo Dinheiro Vivo. 

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