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Guia de sobrevivência do crédito à habitação: este é o segundo passo...
GTRES

Os bancos voltaram a abrir a torneira do crédito à habitação. Mas há cuidados a ter em conta ao pedir um empréstimo. Por isso o idealista/news preparou, com a ajuda da Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, um guia de sobrevivência na hora de pedir um crédito à habitação, que começámos a publicar na semana passada. Hoje vamos saber mais sobre as características do empréstimo para escolher a melhor solução. 

A TAEG – taxa de juro aplicável – inclui a taxa de juro que pagarás pelo empréstimo, resultando da soma do indexante, geralmente a Euribor, ao spread, ou seja, a “margem de lucro” do banco, que poderá variar de banco para banco e que é negociável. Quanto mais baixa for, mais favorável será o crédito. 

Esta taxa poderá ser fixa, variável ou mista. Muitas vezes para reduzir o spread o banco propõe a subscrição de produtos (‘cross selling’), como a domiciliação de ordenado, a constituição de poupanças ou outros a que deves também estar atento e que farão parte do “pacote negocial”. 

Desde 1 de julho de 2018 existem novos critérios a que a banca está sujeita no âmbito do processo de concessão de crédito sustentável e que têm a ver, além de outras normas, com a capacidade de quem vai contratar, com o seu rendimento líquido mensal, com o montante que pretende pedir emprestado e com o prazo para amortização da dívida. 

No caso do empréstimo para habitação própria e permanente o montante máximo possível que a banca poderá emprestar não deverá ultrapassar 90% do valor de aquisição do imóvel ou do valor da avaliação bancária, se inferior. 

Assim, será relevante teres capacidade para pagar o equivalente aos restantes 10% ou ao montante que o banco não financia. 

O banco, além da garantia hipotecária, poderá também exigir fiadores. 

Outra questão sobre a qual deverás refletir é a da maturidade, ou seja, do prazo máximo de amortização do empréstimo, que tende a situar-se nos 30 anos, embora possa ir até aos 40. Mas quanto maior for o prazo de amortização, mais juro pagarás e mais caro te ficará o empréstimo. 

Ainda outro critério limite a teres em conta será o da taxa de esforço, ou seja, o peso do somatório de todas as prestações dos empréstimos no total do teu rendimento, que não deverá ultrapassar 50%. 

Terás ainda de avaliar o impacto negativo que um possível aumento da taxa de juro ou de quebra de rendimento poderá ter no teu orçamento. 

Faz, pois, uma escolha em segurança e devidamente alicerçada, pois assumir um crédito para compra de habitação pode constituir um compromisso para uma vida, que deverá ser conscientemente assumido. 

Segue-nos na próxima semana para saber mais.

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