Bancos têm mantido aberta a torneira do crédito à habitação nos últimos tempos.
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Prestação da casa desce em abril para famílias com Euribor a 3 e 6 meses
GTRES

Num momento em que os portugueses começam a sofrer as consequências da crise gerada pela pandemia do Covid-19 na carteira, qualquer notícia de poupança é bem-vinda, mesmo que de baixo valor. Neste caso, a maioria das famílias com crédito à habitação vai sentir um alívio na prestação da casa agora no mês de abril, porque as taxas Euribor a três e seis meses desceram em março.

Em concreto, os clientes com empréstimos indexados à Euribor a seis meses – a mais usada no país – que estejam em período de revisão de taxa de juro no mês de abril verão a mensalidade a pagar ao banco reduzir ligeiramente, uma vez que a média do indexante desceu para o prazo em referência (-0,365% em março face a -0,355% de fevereiro). 

O mesmo acontecerá, de resto, nos contratos indexados à Euribor a três meses (-0,417% em março face a -0,409% de fevereiro).

Em sentido inverso, quem tem contratos de crédito à habitação indexados à Euribor a 12 meses vai ver a prestação da casa aumentar ligeiramente, dada a subida do indexante de -0,288% em fevereiro para -0,266% em março.

Estes dados permitem concluir que a subida verificada nos últimos dias dos valores dos indexantes não foi suficiente para se refletir significativamente na média mensal das taxas Euribor. Estas “continuam em terreno negativo e é expetável que se mantenham por um par de anos”, diz Miguel Cabrita, responsável do idealista/creditohabitacao em Portugal.

“Apesar da subida registada nos últimos dias, espera-se medidas dos bancos centrais para responder ao momento atual, as quais não permitem aferir se a tendência crescente se manterá. Para quem procure garantir que não haverá oscilações na taxa de juro dos seus créditos, pode optar pela modalidade de taxa fixa nos seus créditos à habitação”, acrescenta.

Os bancos têm mostrado disponibilidade para emprestar dinheiro para a compra de casaem janeiro foram 977 milhões de euros, o melhor arranque de ano desde 2008. Um cenário que tende a mudar devido à pandemia do novo coronavírus, tendo inclusive o Governo aprovado uma moratória para o crédito à habitação.

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