
No final de março de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias (públicas e privadas) era de 41,9 mil milhões de euros, menos 3,7 mil milhões que em fevereiro, revelou esta sexta-feira (30 de abril de 2021) o Banco de Portugal (BdP).
A entidade liderada pelo ex-ministro Mário Centeno explica, em comunicado, que “esta variação resulta, principalmente, do decréscimo dos empréstimos concedidos a particulares, que diminuíram 2,7 mil milhões de euros”. “Destes últimos, destacaram-se os empréstimos com a finalidade habitação, cujo término da moratória privada com efeitos em março e abril justifica a quase totalidade desta redução”, lê-se no documento.
Segundo o BdP, “os empréstimos a sociedades não financeiras em moratória também diminuíram 0,8 mil milhões de euros”, sendo que “as empresas do setor da construção e atividades imobiliárias destacaram-se pela redução de 0,4 mil milhões de euros”.
“Nos setores mais vulneráveis, tais como definidos no Decreto-Lei n.º 22-C/2021 de 22 de março de 2021, existiam em março 24,4 mil empresas abrangidas por moratórias. O montante de empréstimos com pagamento suspenso aumentou 0,1 mil milhões de euros face a fevereiro, para 8,6 mil milhões de euros. Este montante representava 36,1% do total de empréstimos das sociedades não financeiras em moratória no final de março”, conclui o banco central.
De recordar que as moratórias bancárias foram criadas como forma de ajuda às famílias e empresas para fazer face à crise económica desencadeada pela pandemia da Covid-19. As mesmas permitem o adiamento temporário do pagamento das prestações de um empréstimo.
A moratória para o crédito hipotecário da Associação Portuguesa de Bancos (APB) – a chamada moratória privada – terminou no final de março, sendo que a do consumo chega ao fim em junho. Já moratória legal, ou pública, termina, na sua maioria, no final de setembro.
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