
Comprar casa é um investimento para a vida. E num momento em que as poupanças das famílias estão em máximos históricos, a corrida ao crédito habitação está a instalar-se em Portugal. Mas o que é preciso ter em conta para escolher o melhor empréstimo para comprar casa? Na rubrica ‘Crédito habitação do mês’ mostramos as principais condições oferecidas por vários bancos e instituições financeiras especialistas na concessão de empréstimos para a compra de casa em Portugal. No mês de novembro, falamos sobre a oferta do Crédito Agrícola.
A taxa variável a partir de 1,00% de spread é um dos pontos em destaque na solução de crédito habitação no Crédito Agrícola. Mas, note-se, que para isso é necessário vincular o salário, o seguro de vida e o multirriscos.
Por outro lado, quem quiser avançar com o empréstimo da casa neste banco tem de ter em atenção que “apenas apresentam solução para taxa variável”, segundo explicam os especialistas do idealista/créditohabitação.

Como funciona esta solução de crédito habitação?
No Crédito Agrícola, as famílias que pretendem adquirir uma habitação própria permanente podem obter um financiamento de até 90% do valor de compra ou da avaliação, sendo considerado o menor dos dois valores. Note-se que há bancos no mercado que financiam até 90% da compra da casa, mas 80%/85% da avaliação, sublinham os especialistas.
Esta solução de crédito habitação prevê o prazo máximo de pagamento de 40 anos, sendo a idade limite de 75 anos.
Enquanto o spread - isto é, a margem de lucro do banco - começa nos 1,00%, a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) praticada pelo Crédito Agrícola começa nos 1,30% para efeitos de concessão de crédito à habitação. Recorde-se que a TAEG permite percecionar os encargos que o cliente tem com o crédito, uma vez que aglomera todos os custos do empréstimo, como despesas, comissões ou seguros.

A corrida ao crédito habitação
Em 2021, os depósitos das famílias foram subindo de tal modo que atingiram o maior valor de sempre em julho de 2021, quando foram registados 169.910 milhões de euros pelo Banco de Portugal (BdP). Ter poupanças para dar a entrada da casa (os tais 10% do valor do imóvel ou da avaliação) é um dos pontos importantes para avançar com o crédito habitação - embora haja formas de contornar a situação como explicamos neste artigo.
A verdade é que o regulador identificou no mais recente “Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito” que a procura de empréstimos por parte de particulares aumentou sobretudo no crédito habitação no terceiro trimestre de 2021. E explica porquê: “A confiança dos consumidores e o nível das taxas de juro contribuíram para o aumento da procura de crédito habitação”.
Em resultado, os bancos começaram a abrir - ainda mais - a torneira do crédito habitação para comprar casa. “Em setembro de 2021, o montante total de empréstimos concedidos aos particulares para habitação cresceu 4,3% em relação a setembro de 2020 para 96,0 mil milhões de euros (estes empréstimos tinham crescido 4% no mês anterior)”, revelou o BdP na semana passada.

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