O negócio do crédito habitação está a engordar os cofres dos bancos. Em setembro de 2021, a maioria dos empréstimos concedidos a particulares, mais de dois terços, tiveram como destino a compra de casa. Foram 1.331 milhões de euros num total de 1.995 milhões concedidos. Trata-se do terceiro valor mais alto desde, pelo menos, setembro de 2016, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
“Enquanto os montantes de novos empréstimos ao consumo e outros fins têm assumido valores relativamente estáveis, os novos empréstimos à habitação têm registado uma tendência de crescimento. Entre janeiro e setembro de 2021, os novos empréstimos à habitação representavam, em média, 68% do total dos novos empréstimos a particulares (um peso próximo ao observado em 2007)”, conclui o BdP salientando que a taxa de juro do crédito habitação “permaneceu em valores historicamente baixos, fixando-se, pelo terceiro mês consecutivo, em 0,8%”.
De referir ainda que o volume de novas operações de crédito habitação concedido em setembro, os já referidos 1.331 milhões de euros, supera o valor emprestado em agosto (1.261 milhões de euros) e no período homólogo (970 milhões de euros). É, de resto, o terceiro valor mais elevado desde, pelo menos, setembro de 2016. Só em julho e março de 2021 foi mais elevado: 1.385 e 1.382 milhões de euros, respetivamente.
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