Sem dizer nomes, o banco central confirma que apertou o cerco a mais de três de dezenas de instituições financeiras da Zona Euro.
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Christine Lagarde vigia impacto das taxas de juro
Banco central liderado por Christine Lagarde quer evitar uma nova crise financeira com impacto na economia. flickr_commons
Lusa

O Banco Central Europeu (BCE) indicou que está a vigiar 31 grandes bancos da Zona Euro por riscos associados à rápida subida das taxas de juro. “Em várias divisas, incluindo o euro, as taxas de juro e spreads do crédito atingiram níveis que não eram vistos há uma década”, refere a informação divulgada no site da instituição liderada por Christine Lagarde.

Neste contexto, o BCE lançou uma revisão dos riscos de taxa de juro e spread de crédito para avaliar:

  • a exposição dos bancos,
  • a apetência pelo risco
  • a robustez dos seus mecanismos de gestão de risco.

Numa primeira fase, haverá 31 grandes bancos que “agora estão sob maior escrutínio”, indicou o BCE sem especificar.

Na reunião que realizou em 21 de julho, o BCE decidiu aumentar em 50 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

Assim subiram as taxas de juro

  • a taxa das principais operações de refinanciamento subiu de 0% para 0,50%,
  • a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez ficou em 0,75%
  • a taxa de depósito que estava em terreno negativo (-0,50%) avançou para 0%.

O conselho de governadores do BCE volta a reunir-se no próximo mês, no dia 8 de setembro, e os investidores antecipam um novo aumento das taxas de juro diretoras.

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